terça-feira, 10 de maio de 2016

Entendendo a disfagia

Contei no post anterior que agora temos na Vivere uma fonoaudióloga especialista em disfagia e distúrbios da alimentação. Mas o que é disfagia?

Segue então um texto da Fga Natália Gonfiantini explicando as alterações alimentares.

"A alimentação adequada é fundamental em todas as idades, pois auxilia o crescimento físico, o bom desenvolvimento neuropsicomotor, nutricional e imunológico. 

Distúrbios alimentares, como a disfagia e a recusa alimentar, dificultam a deglutição dos alimentos, prejudicando, então, o desenvolvimento dos indivíduos.
  
A recusa ou a seletividade alimentar pode ser observada em casos de pessoas que tenham alterações sensoriais orais, comportamentais, refluxo gastresofágico e/ou na disfagia. Já essa é um distúrbio que pode ocorrer no ato da manipulação oral do alimento, na deglutição e/ou no trânsito esofágico, tendo frequentemente relação com engasgos, tosse e sudorese intensa durante a refeição, dificuldade no ganho de peso, presença de refluxo gastresofágico, aspiração de alimento para vias aéreas  e pneumonias de repetição.  
              Comumente pessoas que possuem déficits intelectuais, comportamentais, alterações neurológicas, sensoriais e/ou síndromes genéticas, como por exemplo paralisia cerebral, sequela de acidente vascular cerebral (derrame), síndrome de Down, entre outras, podem apresentar distúrbios alimentares associados, o que prejudica o seu desenvolvimento.      

Nesses casos, é de extrema importância a avaliação do fonoaudiólogo, para melhor definição das condutas relacionadas à alimentação e deglutição." 

Fga. Natália Rocha Gonfiantini - CRFa:2-16960.
Formada em fonoaudiologia pelo Centro Universitário São Camilo.
Aperfeiçoamento em disfagia infantil pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde realizou também monitoria de estágio hospitalar, em motricidade orofacial com enfoque em disfagia neonatal do centro de cursos Fga. Cláudia Xavier.
Aprimoramento em fonoaudiologia neurológicva e de reabilitação pela neuroqualis.
Atuou em disfagia infantil no leito no Hospital Santa Catarina e no Hospital das Clínicas (instituto da criança), onde foi supervisora prática do curso de pós graduação em disfagia infantil da unidade.
Atualmente integra o quadro de fonoaudiólogas da AACD - Associação de Apoio a Criança Deficiente, APAE - associação de pais e amigos dos excepcionais e clínica Vivere.  


terça-feira, 3 de maio de 2016

Corre Menina!


Hoje vim aqui falar de um assunto diferente, mas que ainda assim tem muito a ver com saúde física e mental.
Em alguns momentos já abordei aqui a necessidade de pais e cuidadores de pessoas com deficiência terem um tempo para cuidar de si.
E uma resposta que eu sempre ouço é: “Não tenho tempo”, “a vida é muito corrida”, “só eu sei cuidar dele”. E assim, de desculpa em desculpa, vamos abrindo mão da nossa saúde e principalmente da nossa vida.
Por isso hoje vim contar a vocês uma história muito pessoal.
Eu adoro correr! Comecei a correr por acaso. Vinha caminhando e resolvi sair correndo. Simples assim! Sem treino, sem planejamento. Só correr. Fui me viciando nessa endorfina que a corrida libera e me apaixonando pelas possibilidades da corrida. A meta era correr os 10 km em menos de 1 hora. E consegui! Mas como prêmio, machuquei o joelho.
Fui então ao médico que disse que era bem simples, eu só teria que fortalecer a musculatura. Sim! Para correr eu tinha que fazer musculação e me preparar. Fui deixando pra lá. Parei de correr, e ganhei cerca de 20 kg nos 5 anos que se seguiram. E aí começaram as dores. Dói a coluna, dói o joelho, dói o ombro, dói o pé. Doía tanta coisa que era até difícil classificar.
Mas a coisa mais gostosa da vida é que sempre é tempo de recomeçar. E um belo dia, eu resolvi que queria voltar a ter aquele prazer e de quebra perder todo aquele peso que não me pertencia.
 
Comecei a treinar minha musculatura, com treino funcional e pilates, procurei um personal e uma nutricionista, perdi muito peso e finalmente, depois de 10 meses, voltei a correr. Devagar fiz 5 km, depois 10 km e finalmente 16 km. Um misto de euforia e sensação de superação. Outros desafios virão, com consciência e disciplina. Como uma escolha. Uma escolha que eu faço todos os dias quando acordo as 5:30h da manhã para treinar. Bate uma preguiça às vezes! Claro que sim. Mas eu penso: É pra mim. É a minha escolha. Eu dedico uma hora do meu dia, praticamente todo dia, para mim. Porque eu mereço. Porque todos nós merecemos.
E acredite, um dia isso fica tão parte da sua rotina, tão parte de você, que a gente sente muita falta quando não pode treinar.
Essa história vem para que eu reafirme a vocês que é possível. É possível que no meio de tantos afazeres, tantos compromissos, a gente possa se olhar, se cuidar e se amar. Não precisa ser com um esporte, não precisa perder peso, mas é preciso um autocuidado, um momento pra você.
A gente cuida muito melhor do outro quando se cuida primeiro. A caridade começa de dentro para fora. Seja caridoso e cuidadoso com você. E principalmente, seja feliz!
Um abraço
Dra Alessandra

Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....