Eu acho que a infância é, sem
dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais
diversão do que obrigação. Mas minha prática clínica tem me trazido uma visão
diferente. Atendo muitas crianças e adolescentes com transtornos ansiosos por
vezes graves o suficiente para impactar negativamente de forma profunda a
qualidade de vida.
A ansiedade pode ser entendida
como um quadro composto por aspectos emocionais e por reações fisiológicas. Diferencia-se
do medo e da ansiedade adaptativos por serem comportamentos excessivos ou
persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.
Estudos epidemiológicos indicam que os transtornos ansiosos na infância e na adolescência
têm uma prevalência estimada de 8% a 12%. É uma das psicopatologias mais comum na
infância e adolescência, e sua presença pode trazer impacto negativo na vida da
criança, necessitando diagnóstico e tratamento precoces, além de frequentemente
se apresentar em comorbidade com outras situações, especialmente com a
depressão e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Gosto muito de uma frase que
diz que ansiedade é o excesso de amanhã. Vamos então perceber nossas crianças e
mostrar a elas que o amanhã é um dia cheio de possibilidades e de felicidade.
Um abraço
Dra Alessandra