www.vivereclinica.com www.facebook.com/clinicavivere Rodovia Raposo Tavares km22 - The Square Open Mall Bloco F sala 107 Tel: (11) 2898-9851 (11) 9 8876-2992 contato@vivereclinica.com
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O estranho é não se incomodar...
http://www.acessibilidadetotal.com.br/os-incomodados-que-se-retirem/
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Uma conversa sobre Crise ou Convulsão Febril
Hoje vamos falar de um evento muito comum na infância e que apesar de apresentar uma boa evolução assusta muito à família – a crise ou convulsão febril.
É a forma mais comum de crise convulsiva ocasional ou provocada na infância, com incidência variando de 2 a 5% em crianças abaixo de 5 anos.
A crise febril ocorre em crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade, neurologicamente normais e na ausência de infecção do sistema nervoso central (SNC).
A crise é caracteristicamente clônica ou tônico-clônica generalizada (aquela em que a criança “se bate”, vira os olhos e eventualmente fica “roxinha”), de curta duração – raramente a duração é maior que 5 minutos, sem déficits após a crise e sempre na presença de febre.
Fatores genéticos são importantes, já que entre 17 e 31% das crianças tem história familiar positiva para crise febril.
A febre responsável pela crise é geralmente alta (acima de 38,5oC) e as crises ocorrem no início do quadro febril.
O risco de recorrência é grande (30 a 35%) e torna-se maior nas seguintes situações:
• crianças cujo primeiro evento foi antes de 1 ano de idade
• história familiar positiva
• crise com temperatura abaixo de 40oC
• dois ou mais episódios de crise febril.
Cerca de 20% das recorrências ocorrem no ano seguinte a primeira crise.
O diagnóstico diferencial inclui infecção primária do SNC ( sendo a obtenção do Liquor – líquido da espinha, obrigatória em crianças fora da faixa etária para crise febril, com crise prolongada ou atípica), encefalite herpética e epilepsia desencadeada por febre.
O tratamento profilático é bastante controverso e, quando indicado pode ser contínuo ou intermitente.
O tratamento contínuo é feito com medicamentos para epilepsia como o fenobarbital ou valproato e o tratamento intermitente é feito com benzodiazepínico via oral ou retal durante o episódio febril.
O tratamento, tanto contínuo quanto intermitente, não previne a ocorrência de epilepsia na evolução, o que é raro.
Sendo a crise febril um evento benigno e com boa evolução na maioria dos pacientes, o tratamento só se justifica nos casos específicos, de acordo com a avaliação do especialista.
O prognóstico da crise febril é usualmente bom, 60-70% das crianças têm apenas um episódio e a maioria dos que recorrem tem 2 ou 3 crises. Somente cerca de 9% dos pacientes têm mais que 3 crises na vida.
Assim, embora seja assustador ver uma criança tendo crise, uma boa avaliação do neuropediatra e uma condução adequada da situação, fará deste evento apenas uma história para se contar no futuro.
Um abraço
Dra Alessandra
terça-feira, 20 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Vamos fazer arte?
Hoje vamos falar de um recurso terapêutico pouco conhecido, porém muito interessante e no qual diversão e reabilitação caminham juntas: a arteterapia!
Arteterapia é o termo que designa a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos. Esta é uma definição ampla, pois pressupõe que o processo do fazer artístico tem o potencial terapêutico, pois o paciente constrói uma relação que facilita a ampliação da consciência e do auto-conhecimento, possibilitando mudanças.
A arteterapia é um caminho através do qual cada indivíduo pode encontrar possibilidades de expressão para, através de técnicas e materiais artísticos, processar, elaborar e redimensionar suas dificuldades na vida.
(Trechos extraídos de Ciornai, S. "Percursos em Arteterapia", 2004)
A arte é um importante meio de expressão e comunicação. Nela a criança tem oportunidade de desenvolver aspectos físicos, cognitivos, emocionais, a percepção, a imaginação, coordenação viso-motora, a capacidade crítica, a auto estima e ainda ser enriquecedor e prazeroso.
(Trechos extraídos de Ciornai, S. "Percursos em Arteterapia", 2004)
A arte é um importante meio de expressão e comunicação. Nela a criança tem oportunidade de desenvolver aspectos físicos, cognitivos, emocionais, a percepção, a imaginação, coordenação viso-motora, a capacidade crítica, a auto estima e ainda ser enriquecedor e prazeroso.
O trabalho de arte-reabilitação tem como principal característica a construção da interface que se estabelece entre o universo da ciência e da arte.
A arteterapia utiliza recursos artísticos com finalidade terapêutica. É indicada para crianças de todas as idades, com diferentes diagnósticos, tais como: paralisia cerebral, deficiência mental e autismo, entre outros.
É explorando o universo da arte, de todas as possibilidades de fazer do processo artístico, que podemos desenvolver a cognição. O contato com diferentes materiais possibilitam novos jeitos de lidar com a deficiência, deixando novas energias fluírem para uma melhor qualidade de vida.
As dificuldades oriundas da deficiência não impedem de trabalhar gradativamente a criatividade de cada paciente através do pintar, desenhar, colar, construir, esculpir, dramatizar, cortar, rasgar, inventar, num contínuo e eterno ciclo.
A utilização de recursos artísticos (pincéis, cores, papéis, argila, cola, figuras, desenhos, recortes) tem como finalidade a mais pura expressão do verdadeiro eu da criança, não se preocupando com a estética, e sim com o conteúdo pessoal implícito em cada criação e explícito como resultado final.
Realizar arteterapia como um aspecto da reabilitação é importante, mas se essa terapia não é disponível onde a criança faz tratamento, brincar em casa com essas possibilidades, estimulando a criatividade com brincadeiras usando massinhas, tintas, desenhos ou outros recursos, além de terapêutico é um momento único de cultivar e aumentar o vínculo com a criança. Aproveitem!!
Um abraço
Dra Alessandra
Dra Alessandra
sábado, 10 de setembro de 2011
A criança preguiçosa
É muito, mas muito frequente no meu dia a dia a queixa de que a criança é preguiçosa. Confesso a vocês que essa é uma frase que me irrita um pouco, especialmente quando a criança em questão tem alguma deficiência.
Eu não sei o que é ter que fazer uma força dobrada ou triplicada para mexer um membro que se recusa a ter qualquer movimento, não sei o que é ter que me movimentar com rodas ao invés de pernas, talvez por isso, eu tenha um respeito e uma admiração por crianças (ou adultos) que dentro de suas limitações, ultrapassam barreiras e façam esses movimentos de forma tão natural que chega a parecer fácil.
Parece, mas não é!
Uma criança com um lado do corpo parético, ou seja, com menos força muscular que o outro, tem dificuldades maiores que o movimento ou a força reduzida. Há alteração de equilíbrio, de balanço do corpo na marcha, de coordenação para a escrita. Enfim, nosso sistema nervoso é uma rede imbricada e complicada de neurônios onde uma alteração dita pequena pode causar dificuldades em várias funções.
Digo isso porque especialmente na infância onde tudo é novidade, onde todos os estímulos são instigantes, a preguiça raramente é uma realidade. Acredito em crianças mal estimuladas, mal recompensadas pelos seus esforços, pouco motivadas, mas não preguiçosas.
Colocar na criança a culpa por determinadas situações é não só injusto, mas cruel.
Estimular adequadamente nossos filhos, recompensá-los com elogios, abraços e carinhos. Viver o mundo deles, valorizando seus problemas e respeitando seus limites é o passo inicial para não termos crianças “preguiçosas”.
A medicina tradicional chinesa tem uma orientação muito interessante que ensina que crianças sem limites são crianças doentes. Portanto dizer não quando necessário com o mesmo amor que se diz um sim, ensinar coisas simples como respeito ao próximo e aos mais velhos é também um ato que previne doenças.
Assim, embora tente fortemente não tirar conclusões precipitadas, quando escuto uma mãe chamar o filho de preguiçoso, a primeira pergunta que passa pela minha cabeça é: quem é o preguiçoso? Criar um filho é uma opção para a vida toda que dá muito, MUITO, trabalho. Trabalho esse que só é comparável à alegria e a plenitude do amor incondicional por um filho.
Vamos refletir sobre isso?
Boa semana
Um abraço
Dra Alessandra
Um abraço
Dra Alessandra
Assinar:
Postagens (Atom)
Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?
Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....

-
A Neuropediatria (também denominada Neurologia Pediátrica ou Neurologia Infantil) constitui uma sub-especialidade da pediatria dedicada às d...
-
Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....
-
Essa frase é uma adaptação que faço frequentemente do ditado “filho de peixe, peixinho é” e que repito várias vezes durante meu trabalho. ...