Muito tem se
falado deste termo na atualidade, especialmente na reabilitação neurológica. O
termo avaliação ou terapia multidisciplinar descreve a parceria entre diversos
profissionais da área da saúde para a avaliação diagnóstica e o tratamento de
um paciente.
Quando usamos esse termo para nos referir ao processo
de avaliação diagnóstica, estamos dizendo que vários profissionais de
diferentes áreas vão examinar aquela criança para fechar um diagnóstico e
orientar o tratamento.
Por exemplo, em crianças com dificuldades escolares,
essa avaliação conta, geralmente com neuropediatra, neuropsicólogo e
fonoaudiólogo. Eventualmente, a terapia ocupacional (TO) pode ser necessária no
processo diagnóstico. Nas crianças com suspeita de transtornos do espectro do
autismo, essa avaliação também deve ser realizada por esses profissionais. Já
quando pensamos na paralisia cerebral, a avaliação é realizada pelo
neuropediatra, pelo fisioterapeuta, pelo fonoaudiólogo e pelo terapeuta
ocupacional.
Uma vez finalizada essa investigação e concluindo-se
que a criança apresente algum transtorno, essa equipe sugere a abordagem
terapêutica a ser instituída.
Várias situações neurológicas requerem uma terapia
multidisciplinar, que pode combinar o tratamento medicamentoso (com remédio),
com terapias de reabilitação, tais como fisio, fono, TO, psicoterapia, terapia
ABA, treino cognitiva, equoterapia, hidroterapia, arteterapia, musicoterapia,
entre outros. Eventualmente a terapia medicamentosa pode não ser necessária,
ficando a reabilitação como parte principal do tratamento.
Mais importante que a presença de vários profissionais
cuidando de uma criança é que haja uma troca profunda e regular entre eles. Os
objetivos de terapia têm de ser tratados em conjunto e em harmonia, bem como as
avaliações subsequentes da evolução.
Tratar uma criança com dificuldades escolares,
motoras, sensoriais ou cognitivas é um belo trabalho, cheio de bons resultados,
entretanto é um trabalho que deve ser realizado por uma equipe unida e que
trabalhe pelo mesmo objetivo, com cada especialista somando forças com sua expertise para que tenhamos crianças bem
adaptadas e principalmente, felizes.
Um abraço
Dra Alessandra
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