Devemos ter em mente que o tratamento dos transtornos globais do desenvolvimento (TGD) envolve uma abordagem múltipla:
- Intervenções psicossociais:
a) com a família
b) com a criança / adolescente
c) com a escola - Intervenções psicopedagógicas, psicoterapêuticas, reabilitação interdisciplinar
- Intervenções farmacológicas
Os exames complementares só serão necessários para investigar uma possível situação de base que cause os sintomas.
Neste contexto, os medicamentos serão úteis no controle de alguns sintomas do TGD e de algumas comorbidades (outras doenças que aparecem junto com o transtorno, como a epilepsia).
Os principais sintomas que podem requerer uma abordagem farmacológica são as estereotipias, a agressividade, a irritabilidade e a agitação psicomotora. A decisão de medicar ou não esses sintomas dependerá do impacto destes na vida da criança ou do adolescente.
Medicamentos como os anti-depressivos, os anti-psicóticos e até mesmo os anti-epilépticos são os mais utilizados.
A epilepsia quando presente deve ser tratada da mesma forma que quando aparece sem o TGD, porém, às vezes podemos escolher a medicação já visando melhorar outros sintomas ou realizar associações que ajudem em vários aspectos do quadro, para introduzir o mínimo possível de medicamentos.
A evolução do paciente autista é variável e depende primordialmente do investimento familiar, escolar e da equipe de saúde, porém sem uma família continente, que entenda as orientações e as coloca em prática, que respeita os limites da criança ou adolescente, não há boa evolução.
A maior parte dos autistas tem boas condições de se desenvolver, de aprender coisas novas e se tornar um adulto independente e produtivo. Basta acreditar!!
Um abraço
Dra Alessandra
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