quinta-feira, 16 de abril de 2015

A arte da Reabilitação Cognitiva

Reabilitar é uma arte. Vários profissionais envolvidos, família, escola, enfim, toda uma equipe olhando para o mesmo objetivo: melhorar a funcionalidade de pessoas com alguma disfunção, física ou cognitiva.

Neste contexto, semana passada participei de um Workshop muito interessante sobre treino cognitivo. 

Nos últimos anos, a neuropsicologia e a reabilitação cognitiva vem ganhando espaço na reabilitação.

Realizar uma avaliação completa e profunda, que destaque não somente os déficits mas principalmente as habilidades, penso eu, é a grande contribuição da neuropsicologia no campo da reabilitação.

E uma vez tendo o diagnóstico, as dificuldades e as  potencialidades deste indivíduo é hora de reabilitar.

Traçar o melhor plano terapêutico, incluindo ou não o uso de medicação, é o momento mais importante da abordagem. Por isso hoje insistimos no tratamento multidisciplinar, com uma equipe afinada, que trace junto os objetivos e que caminhe no mesmo rumo.

Um dos principais pontos abordados no workshop foi a frequência da reabilitação e a participação tanto da família, quanto do paciente, se envolvendo, ajudando, se mantendo motivado e dando continuidade ao treinamento em domicilio.

É extremamente importante, especialmente nos primeiros meses de reabilitação ou mesmo de habilitação quando falamos de crianças menores, que haja uma maior frequência de tratamento, que vai diminuindo à medida que o indivíduo vai melhorando. Essa frequencia, que vai ser estabelecida pela equipe, junto com o paciente e sua família, é fundamental para que o cérebro se adapte e se modifique com o estímulo. Assim que nosso cérebro aprende!

O material é bonito, a estimulação é extremamente lúdica, com jogos e brincadeiras e assim vamos treinando memória, praxias, atenção, linguagem, enfim todos os pontos necessários.

As principais indicações do treino cognitivo são: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), Transtornos do Aprendizado (como dislexia, discalculia), quadros demenciais (como Alzheimer), quadros ansiosos, Epilepsias, entre outros.

Vou finalizar esse texto com uma frase de uma das melhores neuropsicólogas do país, a Prof. Cândida Helena Pires de Camargo que disse: “Um ambiente rico em estímulos é um dos principais nutrientes para o cérebro se desenvolver”.

Vamos, então, estimular nossas crianças e idosos!

Um abraço

Dra Alessandra

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