Reabilitar é uma arte. Vários profissionais envolvidos, família, escola, enfim, toda uma equipe olhando para o mesmo objetivo: melhorar a funcionalidade de pessoas com alguma disfunção, física ou cognitiva.
Neste contexto, semana
passada participei de um Workshop muito interessante sobre treino cognitivo.
Nos últimos anos, a neuropsicologia e a reabilitação cognitiva vem ganhando
espaço na reabilitação.
Realizar
uma avaliação completa e profunda, que destaque não somente os déficits mas
principalmente as habilidades, penso eu, é a grande contribuição da neuropsicologia
no campo da reabilitação.
E
uma vez tendo o diagnóstico, as dificuldades e as potencialidades deste indivíduo é hora de
reabilitar.
Traçar
o melhor plano terapêutico, incluindo ou não o uso de medicação, é o momento
mais importante da abordagem. Por isso hoje insistimos no tratamento
multidisciplinar, com uma equipe afinada, que trace junto os objetivos e que
caminhe no mesmo rumo.
Um
dos principais pontos abordados no workshop foi a frequência da reabilitação e
a participação tanto da família, quanto do paciente, se envolvendo, ajudando, se mantendo motivado e dando continuidade ao
treinamento em domicilio.
É
extremamente importante, especialmente nos primeiros meses de reabilitação ou
mesmo de habilitação quando falamos de crianças menores, que haja uma maior frequência
de tratamento, que vai diminuindo à medida que o indivíduo vai melhorando. Essa frequencia, que vai ser estabelecida pela equipe, junto com o paciente e sua família, é fundamental para que o cérebro se adapte e se modifique com o estímulo. Assim que nosso cérebro aprende!
O
material é bonito, a estimulação é extremamente lúdica, com jogos e brincadeiras
e assim vamos treinando memória, praxias, atenção, linguagem, enfim todos os
pontos necessários.
As
principais indicações do treino cognitivo são: Transtorno de Déficit de Atenção
e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), Transtornos
do Aprendizado (como dislexia, discalculia), quadros demenciais (como
Alzheimer), quadros ansiosos, Epilepsias, entre outros.
Vou
finalizar esse texto com uma frase de uma das melhores neuropsicólogas do país,
a Prof. Cândida Helena Pires de Camargo que disse: “Um ambiente rico em estímulos
é um dos principais nutrientes para o cérebro se desenvolver”.
Vamos,
então, estimular nossas crianças e idosos!
Um
abraço
Dra
Alessandra
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