Na medicina a gestação é contada em
semanas e dura de 38 a 42 semanas (os famosos 9 meses, são as 40 semanas de
gestação). Todo bebê que nasce antes de 37
semanas, é então considerado prematuro ou pré termo. Entre 37 e 38 semanas, chamamos
de limítrofe.
Muitas são as complicações que podem
ocorrer no nascimento prematuro, entretanto com a melhora do suporte
gestacional e neonatal, boa parte destas situações pode ser evitada ou tratada
precocemente.
Entretanto devemos ter em mente que esse
é um bebê que nasceu imaturo e não totalmente formado e por conta disso merece
uma atenção e um cuidado especializados.
Embora os avanços tecnológicos nos
cuidados neonatais proporcionem maior sobrevivência de bebês prematuros, incluindo
os prematuros extremos, com menos de 31 semanas de idade gestacional e/ou com
peso menor do que 1.500g, esses pequenos apresentam risco para alterações do
desenvolvimento e para sequelas neuromotoras e sensoriais, tais como paralisia
cerebral, transtorno do espectro do autismo e até mesmo transtorno de déficit
de atenção e hiperatividade.
As sequelas mais comuns nessa população são; atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor, distúrbios de aprendizagem e comportamento, encefalopatia crônica não evolutiva (ou paralisia cerebral), além de doença pulmonar crônica e perda auditiva. Estes achados vêm aumentando nos últimos anos, uma vez que atualmente, sobrevivem recém-nascidos de risco ainda maior do que no passado.
Todo bebê, seja ele prematuro ou com
qualquer intercorrência perinatal, ou seja ele um bebê sem qualquer problema ao
nascimento deve ter seu desenvolvimento seguido de perto pelo pediatra e
principalmente por seus pais. A puericultura é como esse seguimento é realizado
no campo da saúde. São consultas mensais, onde o bebê é pesado, medido e seu
perímetro cefálico (medida da cabeça) também é checado.
Programas de Estimulação Precoce são programas multidisciplinares que avaliam
e seguem bebês com intercorrências ao nascimento, tais como prematuridade, Asfixia
(ou Anóxia) Neonatal, que é a falta de oxigênio ao nascimento, meningite no
período neonatal, entre outros, diagnosticando e intervindo precocemente. Nestes programas, além da avaliação pediátrica de
rotina, há também a avaliação do neuropediatra e da equipe de reabilitação –
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.
Cada vez mais comuns e extremamente necessários para esses pacientes tão
especiais, esses programas vem se tornando mandatórios no nosso país. Seguir de
perto o desenvolvimento de uma criança, iniciando uma intervenção quando alguma
alteração é observada pode mudar o prognóstico funcional deste bebê, evitando
atrasos maiores, deformidades e outras situações mais difíceis de corrigir tardiamente.
O nosso maior objetivo é sempre termos crianças saudáveis e felizes!
Um Abraço
Dra Alessandra
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