A primeira reação das famílias quando recebem esse diagnóstico é de susto e medo. Como se o diagnóstico por si mesmo, reduzisse as chances daquela criança.
Eu não acho o diagnóstico limitante, ao contrário, o diagnóstico nos dá as reais dificuldades da criança e, mais importante, o potencial de desenvolvimento dela, que deve ser estimulado e trabalhado pela família, escola e equipe de saúde.
Respeitar o limite de uma criança e explorar suas capacidades é a grande receita para que ela seja plena e feliz.
Mas e o que fazer após receber esse diagnóstico?
Longe de querer dar “receitas” prontas de como lidar com uma criança com deficiência, até porque cada pessoa é única.
Estimular a criança dentro de suas possibilidades é a resposta. O quanto ele vai aprender e se desenvolver só o tempo dirá, mas cabe a família, a escola e a equipe de saúde investir o máximo possível para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Abaixo, seguem algumas dicas para essa estimulação:
1- Proporcionar oportunidades - É necessário desenvolver, em contextos comuns e inclusivos, serviços de apoio à vida (cotidiano), à educação, ao emprego e ao lazer.
Devem criar-se situações que favoreçam:
v Sentimentos de amizade, de afeto nas relações sociais estabelecidas;
v Sentimentos de segurança com origem no autocontrole e controle do contexto:
v Partilhar os lugares habituais que definem a vida na comunidade;
v Estimular a autonomia e a tomada de decisões;
v Ocupar um lugar válido e valorizado na comunidade
v Aprender e realizar atividades funcionais e significativas;
v Participar na comunidade, fazendo parte de uma rede social, de familiares e amigos.
2- Promover o bem-estar:
v Bem-estar físico (saúde e segurança pessoal);
v Bem-estar material (conforto material e segurança econômica);
v Bem-estar social (participação em atividades comunitárias e cívicas);
v Desenvolvimento cognitivo;
v Acesso ao emprego remunerado;
v Lazer.
3- Assegurar estabilidade:
O ambiente deve ser previsível e susceptível de controle.
Tratar a pessoa com deficiência com respeito é o melhor caminho para promover a integração e a inclusão.
Um abraço.
Dra. Alessandra
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