Neste domingo fizemos um passeio muito gostoso. Pegamos nossas bicicletas e finalmente fomos estrear a ciclovia que liga os parques de São Paulo. Um dia gostoso, nem quente, nem frio, a chuva deu uma trégua, e lá fomo nós.
Sou uma apaixonada pelas duas rodas, sejam elas de motos grandes, de motoquinhas ou de bicicletas. Não importa. A sensação de liberdade, os cheiros, os sons, o vento no rosto e todo o estímulo sensorial que só as duas rodas proporcionam não tem preço.
A ciclovia é um espaço extremamente democrático. Pessoas com equipamentos profissionais, outros, como nós, iniciantes com algum equipamento e outros, ainda, com uma bike e nada mais. A única coisa em comum: a vontade de se divertir.
É engraçado pensar que aquelas pessoas sorridentes e amáveis, são as mesmas que te fecham no trânsito e buzinam quando o semáforo abre e você leva infinitos 3 segundos para andar. O ar livre faz milagres...
Saímos da Cidade Universitária, fomos até o parque Villa Lobos, andamos no circuito do parque e voltamos. Pouco mais de 1 hora e muita paz de espírito. Ouvir os sons da cidade em outra perspectiva é muito interessante, passar mais devagar por paisagens conhecidas, ouvir o canto dos pássaros em plena metrópole. Sim, eles cantam por aqui também, mas no carro, com vidro fechado essa beleza não é possível.
Coisas simples, aqui à nossa disposição. Só precisamos abrir o olhar. E o mais interessante, pessoas com deficiência aproveitando esse espaço acessível que é o parque. De cadeira de rodas, com bicicletas adaptadas. Velhos, crianças, tudo junto. Em harmonia.
O autor Robert M.Pirsig, do livro Zen e a arte da Manutenção de Motocicletas, diz que andar de carro é ver TV, andar de moto é ir ao teatro. Completo, dizendo que andar de bicicleta é ir num teatro ao ar livre. Que tal?
Um abraço. Tenhamos todos, uma semana de paz e harmonia.
Dra. Alessandra
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