terça-feira, 29 de novembro de 2016

NOVOS RUMOS


Eu adoro iniciar ciclos. Como boa geminiana sou curiosa e amo começos. Mas tenho uma enorme dificuldade em finalizar processos. Sofro, adio, procrastino mesmo para fechar meus ciclos.

Claro que a maturidade vem me ajudando a lidar melhor com esses aspectos, mas ainda assim está longe de ser fácil.

Esse final de ano estou fechando um ciclo muito importante da minha vida profissional. Me despedindo que pessoas que fizeram  parte da minha vida por muito tempo e com as quais eu compartilhei situações intensas de lutas e vitórias. Foi uma escolha minha, mas nem por isso fácil.

É um processo lindo, porque a troca sempre foi muito intensa, e embora seja um momento triste, eu venho sendo inundada de muito amor. As pessoas agradecem o cuidado, o amor e a parceria e isso me emociona. 

Mas o que mais me emociona são as famílias que me agradecem por cuidar delas e não só das crianças. Não há maior alegria que isso. Saber que sou parte do time, que faço parte da luta dessas famílias e que elas enxergam essa dedicação, que é muito sincera. Esse  é o maior pagamento que podemos ter.

Sou infinitamente grata a Deus por me dar a oportunidade de fazer o trabalho que tanto amo e à todos os meus pacientes que vem transformando um momento tão difícil em algo luminoso. 


E vamos ao novo ciclo, que foi uma escolha e que também há de ser tão lindo e feliz como esse que fecho. 

Um abraço
Dra Alessandra

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

E lá se foi 2016…


Esse foi um ano muito especial na minha vida. Muito corrido, mas cheio de boas novidades.

Quando tivemos a ideia da Vivere há 2 anos, nosso principal motivador era a ideia do trabalho multidisciplinar, inspirado nas instituições do terceiro setor que já havíamos trabalhado. 

Esse pensamento frutificou, nosso espaço ficou pequeno para a equipe que cresceu e no início do segundo semestre, inauguramos a unidade 2.

Nessa unidade, que ficou exclusiva para a reabilitação, contamos com sala de fisio, fono, terapia ocupacional (e integração sensorial), terapia ABA e musicoterapia. Nós acreditamos cada vez mais, que a estimulação intensa e precoce muda o futuro das nossas crianças com transtornos de desenvolvimento.

No aspecto diagnostico, além do CPT, usado para diagnóstico de TDAH, importamos um teste considerado padrão ouro para avaliação dos atrasos no desenvolvimento, que é a ADOS. Mas esse assunto merece ser abordado em um post próprio.

É claro, que todas essas conquistas cobram em tempo. Tempo esse que ficou muito escasso esse ano, por isso no ano que vem, eu vou estar mais tempo na clínica e reduzir meu trabalho em outros locais. Nossa ideia é estar mais presente no blog e no site e, em breve, termos um canal no youtube.

Nossos encontros para um bate papo mais informal já tem datas para o próximo ano. Teremos 4 encontros (dois por semestre) para falar de autismo, hiperatividade, epilepsia, paralisia cerebral e, principalmente, falar do futuro dos nossos pequenos. 

Fiquem de olho aqui e na nossa página do facebook pois logo estaremos divulgando as datas desses encontros. Eles são sempre gratuitos e todos (pacientes ou não da Vivere) são bem vindos.

Enfim, planos que animam, que fazem nossos olhos brilhar e enchem nossos dias de motivação. 

Vamos fazer de 2017 o melhor ano de nossas vidas! E vamos ser muito felizes!

Em caso de dúvidas, podem perguntar por aqui, mas caso eu demore a responder, enviem e-mail para contato@vivereclinica.com ou visitem nosso site: www.vivereclinica.com

Um abraço

Dra Alessandra

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O ESPORTE E SUAS LIÇÕES

Embora esse seja um blog voltado à neurologia e a saúde da criança, eventualmente venho compartilhar com vocês assuntos pessoais. Afinal de contas, nesses quase 7 anos de blog, já somos praticamente amigos.

Quem me acompanhou por aqui ou pelas minhas redes sociais, sabe que voltei a correr no final do ano passado. Após um processo de perda de peso, baseado em dieta e exercício físico, eu enfim estava pronta, sem dores e muito motivada a correr.

Comecei com 5 km, melhorei meu tempo, passei para os 10km, cheguei também ao tempo que queria, fui para os 16km como treino para a meia maratona que passou a ser meu novo objetivo. Mas no meio desse processo me machuquei. Tive um lesão na panturrilha que está me dando mais trabalho do que eu imaginava.

Voltei muitos passos! Diminuí meu ritmo, voltei aos 5km, fiz fisioterapia, intensifiquei o treino muscular. Difícil! Difícil ter a humildade de voltar ao começo. Difícil ter paciência e respeitar o ritmo do meu corpo. Ele decide e eu preciso respeitar. 

Não é fácil. Dá vontade de desistir. Até porque eu não vivo disso. Por que é tão importante correr os 21km? Por que é tão frustrante quando a perna dói durante uma corrida? Melhor deixar isso pra lá né?

Nunca!! Essa é uma das mais belas lições do esporte. Seja você profissional ou amador, sempre dá para começar de novo. Sempre dá para retomar de onde você parou. Mesmo se você não se mexe há anos, ganhou peso, está desanimado. 

Basta um dia acordar e falar “vou mudar isso” e fazer. Achar seu caminho, pegar outras estradas, se necessário. Não dá pra correr, nade, ande de bike, caminhe. Mas não deixe de se cuidar. Não se deixe pra lá.

A meta era a São Silvestre esse ano. Talvez não aconteça, mas o legal é que essa corrida está lá todo ano e um dia eu estarei também.

Um abraço

Dra Alessandra

Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....