terça-feira, 27 de julho de 2010

Memória: vamos aprender sobre esse recurso tão importante do nosso cérebro!!!

O termo memória tem sua origem etmológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.

A memória é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória humana), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).

A memória humana focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade.

Memória é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.

A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência.

Assim, a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos.
Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.

Tipos e Características da Memória
Pense na diferença entre memorizar a data de aniversário de alguns amigos versus aprender a andar de bicicleta.

As diversas coisas que aprendemos e lembramos não são processadas sempre pelo mesmo mecanismo neural.

A memória é dividida em três componentes: a imediata , a intermediária e a remota. A imediata diz respeito a fatos recentes próximos (de horas e poucos dias). A intermediária diz respeito a fatos de semanas e meses e a remota se refere a fatos antigos, do passado.

Há uma tendência a se ter dificuldade em reter fatos recentes, com prejuízo das memórias imediata e intermediária na 3ª idade. Por outro lado, a recordação de fatos antigos permanece intacta. Esta situação é considerada normal. O esquecimento de fatos recentes não é considerado uma doença e sim um fato absolutamente normal para a idade sendo denominado "lapso de memória".

O processo de memorização é complexo, envolvendo sofisticadas reações químicas. Os fatos antigos naturalmente têm mais tempo de se fixar em nosso "banco de dados" e daí a sua melhor fixação, o que não ocorre com fatos recentes, que têm pouco tempo para se fixarem e ainda podem ter sua capacidade de fixação alterada, por razões relacionadas a variações de estado emocional ou a problemas de ordem física.

A perda de memória pode estar associada com determinadas doenças neurológicas, com distúrbios psicológicos, com problemas metabólicos e também com certas intoxicações.

Estados psicológicos alterados, como o "stress", a ansiedade e a depressão podem também alterar a memória. A falta de vitamina B1 (tiamina) e o alcoolismo levam a perda da memória para fatos recentes e com freqüência estão associados a problemas de marcha e confusão mental.

Doenças da tireóide, como o hipotireoidismo, se acompanham de comprometimento da memória. O uso de medicação tranqüilizante ("calmantes") por tempo prolongado, provoca a diminuição da memória.

A vida sedentária com excesso de preocupações e insatisfações, bem com uma dieta deficiente, favorecem a perda de memória.

A contínua atividade intelectual, como a leitura, exercícios de memória, palavras cruzadas e jogo de xadrez auxiliam a manutenção da memória. O estilo de vida ativo, com atividade física feita com regularidade e uma dieta saudável são básicas para a manutenção da memória.

Na próxima semana continuaremos falando sobre memória, com dicas para melhorar ainda mais seu potencial.


Um abraço
Dra Alessandra

terça-feira, 13 de julho de 2010

Síndrome de Angelman, vamos conhecer!!!

Descoberta em 1965 pelo neurologista britânico, Dr Harry Angelman, a Síndrome de Angelman é uma síndrome genética rara (acomete 1 em cada 20.000 nascidos) causada por uma alteração no cromossomo 15.

É uma situação de difícil diagnóstico, especialmente nos primeiros anos de vida, onde o quadro clínico é inespecífico. São geralmente bebês muito bonitos, que não apresentaram intercorrências no parto ou na gestação, mas que evoluem com um atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor por volta do 6º mês de vida.

Entre os sintomas clínicos consistentes, isto é, que estão presentes em 100% dos casos, observamos: o atraso do desenvolvimento grave; o atraso significativo na fala ( não aquisição desta habilidade), com maior capacidade de compreensão do que de expressão verbal.

São observadas ainda, alterações de movimento e do equilíbrio, com incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários ao andar e/ou movimento trêmulo dos membros.

É freqüente a presença de riso e sorriso imotivados, com uma aparência feliz (embora este sorriso permanente seja apenas uma expressão motora, e não uma forma de comunicação), associada a uma personalidade facilmente excitável, com movimentos aleatórios das mãos, hipermotrocidade e incapacidade de manter a atenção. Observa-se ainda uma ávidez pela água.

A epilepsia é frequente (cerca de 80% dos casos), tem início precoce – em torno dos 3 anos e necessita uso de medicação anti-epiléptica por longos períodos.

O tratamento é sintomático (medicação para epilepsia, para agitação) e de reabilitação.

O conhecimento desta síndrome é importante para um diagnóstico e tratamento precoces, pois estas crianças acabam sendo diagnosticadas erroneamente como paralisia cerebral, dificultando o entendimento do caso e o tratamento mais adequado.

Quer saber mais sobre a síndrome? Visite o blog:

http://www.sindromedosanjos.blogspot.com/

Um abraço

Dra Alessandra

sábado, 3 de julho de 2010

Mudanças


Mudar é sempre bom!!! Eu adoro!!!
Mudar o cabelo, mudar de cidade, mudar um caminho, mudar um comportamento. É crescimento, aprendizado!!
Mudei a cara do blog. Ficou mais leve, mais parecido comigo.
Eu gostei!! Acho que a neurologia infantil lida com assuntos sérios e pesados, porém não podemos perder a leveza, a ternura e a esperança.
E vocês, gostaram?
Mandem opiniões!!! Afinal, embora tenha uma super boa vontade, estou começando neste campo!!
Um abraço
Dra Alessandra

Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....