terça-feira, 18 de novembro de 2014

O TEMPO NÃO PARA

Vai chegando o final do ano e vocês que já me conhecem sabem que gosto de fazer balanços. E esse foi um ano muito positivo, entretanto, esse balanço final de 2014 ficará para outro momento.

O balanço que farei hoje é sobre nosso blog. Foi um ano difícil para o blog (rsrs). Na correria do dia a dia, apareci pouco por aqui.
Acabei me dedicando mais ao site do consultório – que está cada dia mais lindo (www.vivereclinica.com) e às páginas do facebook (www.facebook.com/draalessandrarussoneuro e www.facebook.com/clinicavivere), escrevendo assim menos no blog.

Mas esse canal, que foi a primeira comunicação virtual que tive com vocês é muito importante para mim, por isso, ano que vem, retomaremos os posts técnicos, permeados pelas histórias que adoro compartilhar.

Histórias de lutas, de conquistas, de alegrias e algumas, infelizmente, de tristeza. Mas sempre com a certeza de que lutamos por nossos pequenos. Por uma saúde melhor, por uma escola de melhor qualidade, por uma melhor interface saúde, educação  e família, enfim, por crianças mais felizes e mais adaptadas.

E dentro da saúde mental da infância, pensando ainda nesta interface interdisciplinar tão importante e necessária, sugiro o livro Psiquiatria da Infância e da Adolescência – Guia para iniciantes da Editora Sinopsys (Organizadores: Bruno Mendonça Coelho; Juliana Gomes Pereira; Tatiana Malheiros Assumpção e Geilson Lima Santana Jr), onde escrevo o capítulo sobre a interface entre a psiquiatria da infância e adolescência e a neuropediatria.


Um abraço

Dra Alessandra

domingo, 21 de setembro de 2014

GRUPO DE TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E DÉFICITS COGNITIVOS EM EPILEPSIA

Divulgando um serviço importante:

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP conta agora com um ambulatório para crianças com EPILEPSIA ROLÂNDICA (ou EPILEPSIA BENIGNA DA INFÂNCIA COM PAROXISMOS CENTROTEMPORAIS) e adolescentes/adultos com EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL.
Os pacientes com estas síndromes epilépticas podem apresentar distúrbios cognitivos e psiquiátricos sutis, que podem passar despercebidos pelos familiares e demais no início do quadro. A detecção precoce e o conhecimento destas características permite a intervenção precoce, quando necessário, a fim de evitar que estes déficits se agravem posteriormente.
Pacientes com estas síndromes epilépticas que já apresentem distúrbios cognitivos, dificuldades escolares, dificuldades de aprendizado, TDAH, transtorno ansioso ou depressivo também serão avaliados e orientados.
Este se caracteriza como um programa único. Para tal, o ambulatório oferece avaliação multidisciplinar com a participação de Neurologistas, Neuropediatras, Psiquiatrias, Psiquiatras da Infância e da Adolescência, Neuropsicólogas e Fonoaudiólogas.
Ao término, o paciente e sua família receberão uma avaliação devolutiva de toda a equipe para o paciente, médico referente e família.
Está em elaboração um protocolo de reabilitação, caso haja interesse, necessidade e adesão.
Só entrarão no processo de avaliação (triagem) os indivíduos com Epilepsia Rolândica ou Epilepsia Mioclônica Juvenil (ativa ou pregressa, em tratamento ou não).
O agendamento e a triagem são realizados às 3a. feira pela manhã.
Os interessados, cujo diagnóstico preencherem os critérios acima, podem entrar em contato pelo e-mail: epilepsiausp@outlook.com


sábado, 9 de agosto de 2014

ÓRTESES DE MEMBROS SUPERIORES

A órtese é um dispositivo utilizado, geralmente em alguma articulação,  visando alinhamento biomecânico, ganho ou auxilio  na função, evita também deformidades e em alguns casos sua ação é de  diminuição de dor.

Ela deve ser prescrita pelo terapeuta que acompanha o paciente no processo de reabilitação.

Pode ser comprada (as pré-fabricadas) em farmácias, lojas ortopédica  ou confeccionada pelo terapeuta especializado.


Na clínica Vivere, a terapeuta ocupacional Caroline Piotto confecciona órteses de membros superiores sob medida e após completa avaliação funcional.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

A Fisioterapia Neurológica na Clínica Vivere


E finalmente nossa equipe de atendimento, estimulação, habilitação e reabilitação está completa.
Agora, a Dra Aline Araújo, fisioterapeuta, passa a integrar o time de profissionais da clínica Vivere. 
Segue abaixo texto de estréia.

Aline Araújo 

Fisioterapeuta (UNIARARAS 2009)
Especialista em fisioterapia neurofuncional adulto e infantil (Santa Casa SP 2011)
Aprimorada em fisioterapia neurofuncional adulto (Santa Casa SP 2012)
Especialista em Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa (CEATA 2013)
Habilitada para aplicação do Alberta Infant Motor Scale
Técnica de Balance 
Cristais radiônicos
Bandagem funcional básico e avançado
Bandagem funcional Australiana - Dynamic Taping
Fisioterapeuta do setor de Fisioterapia Infantil AACD Osasco

*** A fisioterapia neurológica ou fisioterapia neurofuncional tem como objetivo o tratamento, a recuperação e a diminuição dos sintomas e alterações neurológicas, que compreendam ou não problemas motores. Atua na restauração das funções como  a coordenação motora, o equilíbrio, a força e os movimentos, além de prevenir deformidades e contraturas, proporcionando assim, uma melhora da qualidade de vida.


*** Bandagem funcional é uma fita elástica, que colada à pele auxilia no tratamento das dores, contraturas musculares, melhora do posicionamento, e melhora da resposta motora em pacientes neurológicos. É uma técnica que deve ser aplicada somente por profissionais da saúde habilitados para tal.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Algumas notas sobre o Tempo

Novo texto da Neuropsicóloga Melanie Mendoza

Hoje gostaria de escrever sobre tempo. Tempo para quem tem uma criança especial é algo raro, curto e precioso.

Raro porque quase nunca vejo pais ou mães dizendo que tiraram um tempinho para si ou que tem uma “folguinha” de vez em quando.

Curto porque os afazeres são muitos. Os afazeres da vida, do trabalho, da casa e, claro, com o filho. Crianças podem trazer alegria e prazer, mas dão trabalho. E como dão trabalho. Crianças com deficiência mais ainda: ajudar os filhos em diferentes tarefas, levar à(s) terapia(s), estimular e ensinar atividades - treino de atividades de vida diária, andador, fala, comunicação….

Precioso porque nós profissionais sempre falamos de diagnóstico precoce, estimulação precoce, “quanto antes melhor”, neuroplasticidade, janela de desenvolvimento, etc.

Tudo isso é verdade, mas gostaria de convidá-los à pensar nas outras situações em que a calma e a espera  também são altamente terapêuticos.

Agora vocês devem estar pensando, lá vem de novo uma psicóloga dizer que eu preciso tirar um tempo pra mim. Sim, você deve, porém não é desse tempo que eu quero falar.

Quero falar do tempo para esperar pelo seu filho.

De acordo com o dicionário Houaiss eficiente é aquilo “que obtém resultados efetivos com o mínimo de perdas, erros, dispêndios, tempo etc. no seu trabalho, numa tarefa ou na consecução de um fim”. Como o próprio termo diz, uma criança na sua deficiência não é eficiente. Ela, ao realizar uma tarefa que requeira as habilidades que estão prejudicadas por sua condição, demora, calcula e, muitas vezes, erra antes de acertar. E não raro o acerto pode ser considerado apenas parcial por um juiz mais exigente.

Vejo muitos pais, mães e avós, cuidadosos e empenhados, mas que em sua roda-viva cotidiana, não esperam por suas crianças. As frases mais comuns são:

-“Ele demora muito pra comer então eu dou na boca.”
-“Ela demora muito pra andar com o andador então eu carrego no colo.”
-“Ele se atrapalha para se vestir, então de manhã eu coloco a roupa.”
-“Ela anda devagar então eu acho mais fácil levar no carrinho quando a gente sai.”
-“Ele se suja todo com o copo (ou a colher) por isso eu dou a mamadeira.”

Sonhamos com uma sociedade inclusiva que tenha respeito pelas diferenças, mas temos dificuldade de incluir essas diferenças de eficiência no nosso tempo, dando oportunidade para que as crianças – especiais ou não- realizem uma tarefa no seu ritmo, errando e tentando de novo.

Se elas aprenderem que completar uma atividade no tempo possível e não no tempo desejado é um direito e um motivo de orgulho, elas serão mais capazes de lutar  por este direito quando for necessário. 

Crianças precisam sentir que mesmo “ineficientes” nós estaremos lá, esperando por elas. E que isso não vai causar um transtorno no nosso dia. Pequenas  realizações da infância nos ajudam a construir uma autoimagem positiva e nos fornecem confiança para futuras realizações.

Quem sabe da próxima vez que houver um compromisso dê para você incluir uns minutos extras para o seu pimpolho praticar ser independente.

Um abraço
Melanie
 
















segunda-feira, 23 de junho de 2014

CARTILHA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE PARALISIA CEREBRAL

Informação compartilhada do blog: Paralisia Cerebral - Reconhecer, Conhecer e Cuidar.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_paralisia_cerebral.pdf
bvsms.saude.gov.br

As angústias do dia a dia

Esse é um canal de muita liberdade, onde podemos dividir com nossas angústias e dificuldades do dia a dia. E são muitas as angústias. 

Crianças sem diagnóstico por anos a fio, sendo tratadas como preguiçosas, outras com diagnóstico mas sem a abordagem adequada, outros ainda com boa abordagem, mas com muitas inadequações ambientais e escolares. Enfim, muitos pontos para pensarmos.

Mas o ponto mais difícil é quando temos resistência familiar, especialmente em relação ao diagnóstico. É difícil para a equipe lidar com reabilitação quando não se segue as orientações, quando não se acredita que a criança não faz de propósito. 

Quando orientamos algumas adaptações ou apoio para dar a criança com deficiência ou com dificuldade um aparato mínimo para que ela expresse sua plena potencialidade e a família acha que estamos “facilitando demais a vida”. Esse é um ponto difícil de lidar. Porque se isso é verbalizado na consulta, fico com medo do que é dito em casa. A sensação é que não estamos todos no mesmo time.

Por outro lado, temos a dificuldade de quando se orienta a dar mais independência, a deixar, mesmo que lentamente, que ela se vista, ou coma sozinha. 

É difícil deixar qualquer filho sair da nossa asa, ainda mais quando nos preparamos para ter um criança dependente por mais tempo, eventualmente, pela vida toda. Mas precisamos estar atentos no quanto essa dependência é real e o quanto ela é gerada por excesso de zelo. Esse aspecto me preocupa menos porque é parte do envolvimento, do amor e lidar com excesso de cuidados é sempre mais fácil do que com a falta.

Já falei várias vezes neste ou em outros canais, que exercer a paternidade e a maternidade dá muito trabalho. Trabalho esse que só é proporcional a alegria que dá ter filhos.

O olhar deve sempre estar atento. A intenção de acertar sempre permeando as atitudes. E acima de tudo, esse amor maior que norteia essa relação deve ser palpável e presente todos os dias.

Um abraço.
Sejam felizes!
Dra Alessandra


Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....