terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Paralisia Cerebral e Tecnologia: adaptações simples podem melhorar muito a vida.



Também chamada Encefalopatia Crônica Não Evolutiva, a paralisia cerebral (PC) é uma desordem que acomete crianças nos primeiros anos de vida, causando espasticidade (rigidez) dos músculos e dificuldade nos movimentos. Pode vir acompanhada de outras situações, como deficiência intelectual, visual e epilepsia.

Grandes avanços foram obtidos em relação à PC nos últimos anos, tanto no diagnóstico, quanto na prevenção e no manejo da situação. 

A tecnologia moderna permitiu melhoria das técnicas diagnósticas, como os exames de imagem e análise da marcha. Certas condições responsáveis pela PC como a rubéola e a hiperbilirrubinemia (icterícia ou amarelão) podem ser prevenidas e tratadas. 

A associação de fisioterapia, terapia psicológica e comportamental, terapia ocupacional, novas medicações, técnicas cirúrgicas modernas e aparatos assistivos, podem ajudar a melhorar a vida destes pacientes, no sentido de levarem uma vida o mais independente e produtiva possível.

E é sobre isso que venho conversar hoje. Os avanços na área da saúde, especialmente na tecnologia voltada à saúde foram muito evidentes nos últimos tempos. Hoje, mais que reduzir a mortalidade e a morbidade, a medicina procura melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Dispositivos de posicionamento, como órteses, que previnem deformidades, cadeiras adaptadas que melhoram a postura e evitam desvios de coluna que podem requerer cirurgia, são hoje parte importante do arsenal terapêutico da PC.

As órteses de posicionamento, também conhecidas como “goteiras” (quando usadas nos membros inferiores), são dispositivos para suporte de músculos com importante redução de força ou movimento. Previnem incapacidades e deformidades, melhorando a ação do membro acometido.

Dei o exemplo das órteses, mas toda tecnologia deve ser buscada para auxiliar a pessoa com deficiencia. Vejo casos na prática clínica, que após prescritas as adaptações, a família não procura fazer ou mesmo quando faz, não usa, pois incomoda a criança.

Sei que é duro usar um dispositivo, às vezes incomoda mesmo, a criança reclama, não quer usar, mas quando fazemos uma prescrição é olhando um bem maior, especialmente para prevenir complicações mais graves no futuro.

Outras vezes, modificações simples, de baixo custo, como um rolo de EVA para posicionar a mão pode melhorar uma função de forma significativa. Basta ter criatividade.

Por isso, converse sempre com a equipe que acompanha a criança, busque informações e invista realmente em todas as possibilidades de melhorar a independência e a qualidade de vida do seu filho.

O diagnóstico precoce e o tratamento contínuo, instituído o mais cedo possível associado à aceitação da criança com deficiência como um indivíduo capaz e cheio de possibilidades proporciona a estes pequenos uma vida plena e produtiva tanto física quanto emocionalmente. E, claro, sejam felizes!

Um abraço
Dra Alessandra


Feliz Natal


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Redes sociais e redes de apoio


Eu gosto muito das redes sociais. Facebook, instagram, twitter e por aí vai. Tenho todas e gosto da conexão que elas fazem entre as pessoas. Claro  que nada substitui o olho no olho e um bom encontro com amigos. Mas para quem o tempo vai passando, amigos vão se distanciando fisicamente, essa é uma forma de “rever” as pessoas queridas.

Reencontrei amigos de infância, professores do antigo primário, alunos antigos, pacientes, familiares que não via há tempos, enfim, uma gama de pessoas que quero bem e das quais estou fisicamente distante.

Mas a minha maior surpresa passeando pelas redes sociais foi encontrar grupos de suporte para as mais diversas situações. Participo de vários. De pessoas com deficiência, de pais de crianças com deficiência. Paralisia cerebral, autismo, síndrome de Down, epilepsia, doenças raras, síndrome de Angelman, vários grupos de suporte para familiares que passam por situações com as quais convivo todos os dias.

Esses grupos nascem de forma despretensiosa e acabam sendo parte importante da vida das pessoas. 

Um lugar livre, onde você pode desabafar, encontrar um ombro amigo, repartir dúvidas e medos. Saber que outros estão no mesmo barco dá uma saudável sensação de pertencimento. Lá se compartilham as dores, mas também as vitórias, com uma generosidade que só a dificuldade gera. Torcemos uns pelos outros de coração aberto.

Hoje seu filho melhorou, amanhã com certeza, será o meu. Essa troca, essa entrega, essa união é o que há de melhor na espécie humana. É o que faz pessoas melhores.

Em alguns momentos até ajudo com minha experiência de médica, mas sei que na maioria das vezes, o que faço é acolher e ter esperança junto com as pessoas. Às vezes só torcendo, outras só rezando.

Se você está nesse caminho, se seu filho tem alguma condição neurológica, não fique sozinho. Procure um grupo. Compartilhe, some, divida. A vida fica bem mais leve quando caminhamos juntos.


Um abraço 
Dra Alessandra

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ADOS - Como avaliar melhor pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)


A avaliação de indivíduos com TEA requer uma equipe multidisciplinar bem treinada e experiente. O uso de escalas objetivas, ou seja, técnicas estruturadas de entrevista e exame clínico podem e devem ser utilizadas para a avaliação tanto do comportamento social das crianças (atenção conjunta, contato visual, expressão facial de afeto) quanto das suas capacidades. 

A escala muito usada para avaliação é a Childhood Autism Rating Scale (CARS). Outro instrumento comumente utilizado é a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland, que mede o desenvolvimento social  e a adaptação ao ambiente.  A ATEC é uma escala que usamos para seguimento das terapias de reabilitação. 

Uma das baterias mais detalhadas de avaliação para o diagnóstico de autismo, principalmente em pesquisa, é o Sistema Diagnóstico de Observação do Autismo (conhecido pela sigla ADOS - Autism Diagnostic Observation Schedule, em inglês). 

A ADOS é uma entrevista estruturada bastante completa e um método de observação para avaliar objetivamente a habilidade social, de comunicação e o comportamento de indivíduos com TEA, desde crianças sem linguagem até adultos capazes de comunicar-se relativamente bem. A ADOS é uma escala de observação comportamental, estandardizada e semi-estruturada, para o diagnóstico do TEA e de alterações do desenvolvimento.

Os materiais e as atividades criam situações nas quais é possível observar a comunicação e os comportamentos relevantes para o diagnóstico. Fornece uma avaliação da situação atual e inclui um sistema de pontuação algorítmica para o diagnóstico.

A avaliação de indivíduos com suspeita de TEA na Vivere é sempre realizada por dois ou mais profissionais e utilizamos as escalas de rastreio, bem como a Vineland e a ATEC. Este ano importamos a ADOS para complementar nosso arsenal diagnóstico, refinar ainda mais a avaliação dos aspectos cognitivos de nossas crianças e melhor nortear a reabilitação, focando primordialmente nas capacidades do indivíduo.

Um abraço

Dra Alessandra

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

AES 2016 - Melhores momentos


Conforme prometido, segue um breve resumo das palestras que assisti no Congresso Americano de Epilepsia.

Epilepsia é fundamentalmente  uma doença  de conectividade e entender essas conexões e suas características é o grande desafio da epileptologia atual.

Já no primeiro dia foi apresentada a nova classificação pela Liga Internacional Contra e Epilepsia (ILAE), um trabalho ainda em aberto, que visa facilitar a comunicação entre médicos e entre esses e seus pacientes. Essa classificação é importante porque baseamos nossa proposta de tratamento de acordo com o diagnostico, logo, quanto mais apurado for esse diagnostico, melhor nosso plano terapêutico.

Outro aspecto interessante da nova classificação é reduzir o impacto desta notícia para pacientes e familiares, bem como discutir possíveis estratégias terapêuticas e as possíveis evoluções do caso.

Quando o assunto é investigação e tratamento, o congresso é sempre um pouco frustrante. Ainda estamos muito longe (especialmente na saúde pública) das oportunidades de investigação e tratamento. 

O tratamento da epilepsia tem sido cada vez mais precoce, agressivo (no sentido de ações rápidas e bem indicadas) e preocupado com o neurodesenvolvimento e com as comorbidades encontradas.

Muitos medicamentos ainda não estão disponíveis no Brasil. A grande vantagem dessas novas drogas é a redução dos efeitos colaterais e maior eficácia terapêutica.

Quanto aos exames complementares, muita coisa interessante está sendo desenvolvida, como ressonância magnética funcional, eletroencefalograma associado a ressonância funcional, testes genéticos e  metabólicos, porém todo esse arsenal ainda se encontra muito longe da nossa realidade.

Na minha opinião, o ponto principal no tratamento  atual da epilepsia é pensar em toda extensão do indivíduo, em sua qualidade de vida, nas comorbidades cognitivas que podem ocorrer e focar o tratamento de uma forma mais abrangente, pensando em qualidade de vida e não somente em controle das crises. 

Por outro lado, a epilepsia refratária ainda é um grande desafio para todos e merece toda nossa atenção e esforço.

Volto sempre renovada e cheia de ideias após esses encontros, mas também um pouco apreensiva do quanto ainda temos que evoluir no nosso país para oferecer uma medicina de ponta à todos. Entretanto, como sou uma pessoa sempre otimista, prefiro olhar esses pontos fortes e focar meus recursos no trabalho para a cura ou controle da epilepsia e principalmente, na felicidade das minhas crianças.

Um abraço
Dra Alessandra

sábado, 3 de dezembro de 2016

Vamos estudar! AES 2016


Essa semana estou participando do 70º Congresso da Sociedade Americana de Epilepsia (American Epilepsy Society - AES). Sediado na bela Houston, no Texas, o Congresso promete ser extremamente interessante. É um evento bastante puxado, com aulas que começam as 7h e terminam as 20h.

As palestras são muito variadas, abordando todos os aspectos da epilepsia, como diagnóstico, classificação, tratamento cirúrgico e clínico, novas medicações, comorbidades. Grupos específicos, como crianças, recém nascidos, mulheres, idosos são vastamente explorados.

Além dos aspectos relacionados ao estudo, passear por essa bela cidade também é enriquecedor. Museus interessantes, teatros, e claro, as instalações da NASA, onde podemos ver a sala de comando que assistiu a chegada do homem à lua. Uma experiência inesquecível. 

Assim aprendemos sobre cultura, história de outros lugares, ouvimos a experiência de colegas do mundo todo e voltamos com muitas novas ideias.

Uma questão muito valorizada por aqui é a participação do paciente e sua família nas decisões médicas. Muitas associações de pacientes colaboram fortemente, inclusive financeiramente, com pesquisas para combater a epilepsia. 

Buscando a cura, melhora nos métodos diagnósticos e fazendo desta luta uma verdadeira cruzada para o combate à epilepsia.

No final do congresso farei um outro post comentando os pontos que achei mais interessante. 


Ao trabalho! 
Um abraço
Dra Alessandra

terça-feira, 29 de novembro de 2016

NOVOS RUMOS


Eu adoro iniciar ciclos. Como boa geminiana sou curiosa e amo começos. Mas tenho uma enorme dificuldade em finalizar processos. Sofro, adio, procrastino mesmo para fechar meus ciclos.

Claro que a maturidade vem me ajudando a lidar melhor com esses aspectos, mas ainda assim está longe de ser fácil.

Esse final de ano estou fechando um ciclo muito importante da minha vida profissional. Me despedindo que pessoas que fizeram  parte da minha vida por muito tempo e com as quais eu compartilhei situações intensas de lutas e vitórias. Foi uma escolha minha, mas nem por isso fácil.

É um processo lindo, porque a troca sempre foi muito intensa, e embora seja um momento triste, eu venho sendo inundada de muito amor. As pessoas agradecem o cuidado, o amor e a parceria e isso me emociona. 

Mas o que mais me emociona são as famílias que me agradecem por cuidar delas e não só das crianças. Não há maior alegria que isso. Saber que sou parte do time, que faço parte da luta dessas famílias e que elas enxergam essa dedicação, que é muito sincera. Esse  é o maior pagamento que podemos ter.

Sou infinitamente grata a Deus por me dar a oportunidade de fazer o trabalho que tanto amo e à todos os meus pacientes que vem transformando um momento tão difícil em algo luminoso. 


E vamos ao novo ciclo, que foi uma escolha e que também há de ser tão lindo e feliz como esse que fecho. 

Um abraço
Dra Alessandra

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

E lá se foi 2016…


Esse foi um ano muito especial na minha vida. Muito corrido, mas cheio de boas novidades.

Quando tivemos a ideia da Vivere há 2 anos, nosso principal motivador era a ideia do trabalho multidisciplinar, inspirado nas instituições do terceiro setor que já havíamos trabalhado. 

Esse pensamento frutificou, nosso espaço ficou pequeno para a equipe que cresceu e no início do segundo semestre, inauguramos a unidade 2.

Nessa unidade, que ficou exclusiva para a reabilitação, contamos com sala de fisio, fono, terapia ocupacional (e integração sensorial), terapia ABA e musicoterapia. Nós acreditamos cada vez mais, que a estimulação intensa e precoce muda o futuro das nossas crianças com transtornos de desenvolvimento.

No aspecto diagnostico, além do CPT, usado para diagnóstico de TDAH, importamos um teste considerado padrão ouro para avaliação dos atrasos no desenvolvimento, que é a ADOS. Mas esse assunto merece ser abordado em um post próprio.

É claro, que todas essas conquistas cobram em tempo. Tempo esse que ficou muito escasso esse ano, por isso no ano que vem, eu vou estar mais tempo na clínica e reduzir meu trabalho em outros locais. Nossa ideia é estar mais presente no blog e no site e, em breve, termos um canal no youtube.

Nossos encontros para um bate papo mais informal já tem datas para o próximo ano. Teremos 4 encontros (dois por semestre) para falar de autismo, hiperatividade, epilepsia, paralisia cerebral e, principalmente, falar do futuro dos nossos pequenos. 

Fiquem de olho aqui e na nossa página do facebook pois logo estaremos divulgando as datas desses encontros. Eles são sempre gratuitos e todos (pacientes ou não da Vivere) são bem vindos.

Enfim, planos que animam, que fazem nossos olhos brilhar e enchem nossos dias de motivação. 

Vamos fazer de 2017 o melhor ano de nossas vidas! E vamos ser muito felizes!

Em caso de dúvidas, podem perguntar por aqui, mas caso eu demore a responder, enviem e-mail para contato@vivereclinica.com ou visitem nosso site: www.vivereclinica.com

Um abraço

Dra Alessandra

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O ESPORTE E SUAS LIÇÕES

Embora esse seja um blog voltado à neurologia e a saúde da criança, eventualmente venho compartilhar com vocês assuntos pessoais. Afinal de contas, nesses quase 7 anos de blog, já somos praticamente amigos.

Quem me acompanhou por aqui ou pelas minhas redes sociais, sabe que voltei a correr no final do ano passado. Após um processo de perda de peso, baseado em dieta e exercício físico, eu enfim estava pronta, sem dores e muito motivada a correr.

Comecei com 5 km, melhorei meu tempo, passei para os 10km, cheguei também ao tempo que queria, fui para os 16km como treino para a meia maratona que passou a ser meu novo objetivo. Mas no meio desse processo me machuquei. Tive um lesão na panturrilha que está me dando mais trabalho do que eu imaginava.

Voltei muitos passos! Diminuí meu ritmo, voltei aos 5km, fiz fisioterapia, intensifiquei o treino muscular. Difícil! Difícil ter a humildade de voltar ao começo. Difícil ter paciência e respeitar o ritmo do meu corpo. Ele decide e eu preciso respeitar. 

Não é fácil. Dá vontade de desistir. Até porque eu não vivo disso. Por que é tão importante correr os 21km? Por que é tão frustrante quando a perna dói durante uma corrida? Melhor deixar isso pra lá né?

Nunca!! Essa é uma das mais belas lições do esporte. Seja você profissional ou amador, sempre dá para começar de novo. Sempre dá para retomar de onde você parou. Mesmo se você não se mexe há anos, ganhou peso, está desanimado. 

Basta um dia acordar e falar “vou mudar isso” e fazer. Achar seu caminho, pegar outras estradas, se necessário. Não dá pra correr, nade, ande de bike, caminhe. Mas não deixe de se cuidar. Não se deixe pra lá.

A meta era a São Silvestre esse ano. Talvez não aconteça, mas o legal é que essa corrida está lá todo ano e um dia eu estarei também.

Um abraço

Dra Alessandra

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O tratamento medicamentoso. Medos e possibilidades.



Hoje vamos falar de um assunto que gera muito medo e muitas expectativas nos pais, que é a abordagem de uma situação clínica através do uso de medicamentos.

Em primeiro lugar, eu quero salientar que geralmente na nossa prática clínica, o uso do medicamento só ocorre quando entendemos que esse é o melhor caminho para a melhora ou a resolução de uma queixa clínica. Há alguma situação, que impacta negativamente a vida daquela criança e de sua família e após uma avaliação clínica minuciosa, com ou sem a necessidade de exames complementares, fechamos um diagnóstico e optamos por introduzir um remédio.

Em alguns casos, como a epilepsia, por exemplo, essa introdução é mandatória, ou seja, o tratamento é primordialmente realizado com remédios. Em outros, como os transtornos do espectro do autismo, a medicação só entra para auxiliar a reabilitação, quando necessário e isso pode e deve, inclusive ser discutido com a família.

Em outros casos, como o TDAH, a associação de medicamentos e reabilitação cognitiva com terapia cognitivo comportamental é a melhor associação, porém essa escolha também pode ser discutida com a família e com a própria criança.

Dois aspectos devem ser salientados neste assunto. O primeiro, e que mais me preocupa, é o excesso de expectativa em relação ao tratamento medicamentoso. Um remédio tem uma função, geralmente única, de melhorar algum sintoma alvo que causa mais impacto, mas ele não vai resolver todos os problemas da vida. Ele (ainda bem) não vai modificar quem aquela criança é. E finalmente, ele não vai substituir a presença dos pais, a colocação de limites e as necessidades de supervisão próprias de cada idade.

O outro aspecto é o inverso. Vivemos num mundo onde parece que tudo pode ser resolvido com remédio. Remédio para dormir, para acordar, para ser feliz, para estudar... E por aí vai. Isso acaba gerando em algumas famílias uma resistência ao uso de toda e qualquer medicação, especialmente, as medicações controladas.
Isso é uma pensa, porque por conta de preconceitos, normalmente infundados, perdemos a chance de melhorar muito a vida de uma criança. Sempre comento para os meus pacientes que não existe remédio “forte”, existe remédio bem indicado.

Quando um remédio é usado com objetivos concretos, baseado num diagnóstico cuidadoso e com um bom plano de tratamento traçado para melhorar a qualidade de vida da criança, então ele é realmente bem indicado.

Por isso, busque o diagnóstico do seu filho. Entenda o porquê daquela prescrição. Pesquise, escute outras opiniões e não tenha medo de eventualmente usar um medicamento que pode ajuda-lo em vários aspectos da vida.

Um abraço
Dra Alesandra

terça-feira, 2 de agosto de 2016

As doenças neuromusculares

Meus amigos, vocês que acompanham aqui no blog sabem que sou movida a desafios. Adoro estudar e sou uma curiosa por natureza. Mas esse ano entrei numa situação realmente desafiadora e fora da minha zona de conforto. Dizem que a gente só cresce quando saímos da nossa zona de conforto, então esse foi um ano de muito crescimento.

Fiz minha formação em neuropediatria e posteriormente em epilepsia e transtornos psiquiátricos. Nunca mais depois que saí da residência trabalhei com doenças neuromusculares. 

Entretanto fui convidada para assumir essa clínica no centro de reabilitação onde trabalho. Realizei um treinamento intenso e estudei muito para essa nova função.

Em tempo, sob a denominação genérica de doenças neuromusculares, agrupam-se diferentes afecções decorrentes do acometimento primário da unidade motora, composta pelo motoneurônio medular, raiz nervosa, nervo periférico, junção mioneural e músculo. Nas crianças, a maior parte destas afecções é geneticamente determinada, sendo as doenças neuromusculares adquiridas bem mais raras do que em adultos. Miopatias, distrofias musculares, polineuropatias são exemplos destas condições.

Sem dúvida, o maior desafio deste momento foi voltar a atender adultos. Eu sou uma pediatra por natureza. Atendo meus pacientes com minhas pantufas de minions e sou fundamentalmente uma pessoa no diminutivo! 

Não foi fácil. Mas abri meu coração, enfrentei meus medos e devo dizer que estou realmente gostando da nova experiência. Vendo a reabilitação por outro ângulo e vivenciando experiências muito diferentes daquelas da pediatria.

Resumindo, assumir novas funções não só é um estímulo cognitivo como também um estímulo para a vida, onde aprendemos novas abordagens e também um novo olhar para a profissão.

Um abraço
Dra Alessandra



terça-feira, 26 de julho de 2016

A equipe de reabilitação na Paralisia Cerebral

Nós já conversamos sobre paralisia cerebral (PC) ou encefalopatia crônica não evolutiva num dos primeiros posts do blog. Hoje vamos falar um pouco sobre tratamento.

Só para relembrar, vamos novamente definir o que é a PC. Trata-se do resultado de um dano cerebral, que ocorre nos primeiros 2 anos de vida, no cérebro em desenvolvimento. 

Esta agressão ao cérebro leva à inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo, ou seja, é uma alteração primariamente motora. 

Várias situações clínicas podem acompanhar a PC, tais como epilepsia, deficiência intelectual, visual ou auditiva, alterações ortopédicas, disfagia, alterações sensoriais e dificuldades no aprendizado.

O tratamento de PC é realizado através da terapia de reabilitação, com equipe multidisciplinar que deve ter fisioterapeuta, fonoaudiólogo (linguagem e disfagia), terapeuta ocupacional e psicoterapeuta.

Do ponto de vista médico, a abordagem é de suporte, usando medicamento para espasticidade, quando necessário ou para as comorbidades que ocorrem, como a epilepsia.

A fisioterapia motora realiza a estimulação do controle motor grosso, visando a aquisição dos marcos motores, como sentar, engatinhar e andar. Eventualmente há ainda, a necessidade da fisioterapia respiratória, para reduzir os eventos pulmonares, como a pneumonia.

A fonoaudiologia atua em duas frentes (linguagem e disfagia). Disfagia, que é a dificuldade de deglutição e alimentação é uma das situações clínicas mais frequentes e a fono vai auxiliar na introdução da dieta, nas mudanças de consistências e no processo alimentar como um todo.

A terapia ocupacional (TO) trabalha o controle motor fino, visando independência funcional nas atividades de vida diárias e de vida prática, além do recurso da integração sensorial, que melhora a percepção das entradas táteis, auditivas, visuais e gustativas.

A psicoterapia realiza a estimulação cognitiva, o seguimento das dificuldades de aprendizado, além do suporte familiar e emocional.

Outras terapias como equoterapia, musicoterapia, arteterapia podem ser indicadas dependendo da avaliação clínica e também ajudam sobremaneira no processo de reabilitação.

Uma dúvida muito frequente é: “Meu filho precisa fazer tudo isso ao mesmo tempo?

Não necessariamente! Por isso é importante uma avaliação individualizada e seriada e o trabalho coeso da equipe com objetivos bem definidos em cada especialidade. Por exemplo: num primeiro momento, a criança que tem o atraso predominantemente motor pode precisar mais de fisio e TO e posteriormente, receber alta da fisio e ficar só com a TO ou com a fono.

O mais importante de tudo isso é a gente entender que a criança com paralisia cerebral é cheia de possibilidades e que a reabilitação, especialmente precoce, vai dar a ela todas as chances de um futuro independente e bem adaptado.

Um abraço
Dra Alessandra


Nossas especialidades: Neurologia infantil e do adolescente, neuropsicologia, terapia cognitivo comportamental, terapia ABA, fonoaudiologia – linguagem e disfagia, fisioterapia motora, fisioterapia aquática, pilates solo, RPG, terapia ocupacional (integração sensorial), musicoterapia, acupuntura e nutrição. 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Apraxia da fala na infância


Em maio deste ano eu e parte da equipe da Vivere fomos a uma palestra sobre Apraxia da fala. Este é um diagnóstico que vem sendo reconhecido e divulgado há pouco tempo e que ainda gera muitas dúvidas.

A apraxia da fala na infância é um distúrbio neurológico motor no qual a criança apresenta dificuldade no planejamento e na programação dos movimentos necessários para a fala.

Pode ocorrer como resultado de um déficit neurológico de origem conhecida, ou como um distúrbio neurogênico idiopático.

É uma situação mais prevalente em meninos e pode afetar 1-2  a cada 1000 crianças.

Apresenta-se normalmente como um atraso importante na fala e eventualmente na comunicação como um todo.

Várias situações clínicas podem apresentar o atraso na fala como característica e é sempre de fundamental importância e investigação precoce destes casos para que não se percam janelas importantes de estimulação.

O diagnóstico da apraxia da fala é clínico e realizado pelo fonoaudiólogo em parceria com o neuropediatra, cuja função é pesquisar e descartar outros eventuais diagnósticos que cursem com atraso na fala.

O tratamento é realizado através de terapia fonoaudiológica específica.


Para maiores informações acessem o site: www.apraxia-kids.org

Um abraço
Dra Alessandra


domingo, 17 de julho de 2016

A nossa unidade 2 e a multidisciplinaridade

E finalmente inauguramos nossa unidade 2!!! Ela funciona no próprio The Square, no bloco C, salas 217/218.


Um espaço mais amplo e com maiores possibilidades terapêuticas. Nossa equipe cresceu ainda mais e hoje somos um grupo coeso e com formação de excelência para o atendimento em reabilitação física e cognitiva.

No aspecto cognitivo, contamos hoje com uma equipe de terapeutas ABA e de acompanhantes terapêuticos. Sessões domiciliares, seguimento escolar e terapias nas salas específicas para ABA dão às crianças com Transtornos no Espectro do Autismo um atendimento amplo, que somado a terapia fonoaudiológica e a terapia ocupacional, agora com a nova sala de integração sensorial, uma reabilitação completa.







No campo da reabilitação física, contamos agora com uma sala de fisioterapia motora, com profissionais especializadas em reabilitação neurológica, RPG e pilates solo, além de duas especialidades fonoaudiológicas (linguagem e disfagia) e ainda, o recurso da integração sensorial.

A acupuntura continua atuando de forma ativa e dando suporte à reabilitação, especialmente às famílias e a nutrição segue atendendo crianças no processo de reabilitação e ainda, na reeducação alimentar para melhora da saúde e da qualidade de vida.


E finalmente, contamos agora na nossa equipe com Musicoterapeuta. A musicoterapia é a utilização da música (ritmo, melodia, harmonia) no processo de reabilitação. Vamos fazer um post explicando melhor essa forma de terapia e suas indicações. Nossa musicoterapeuta Ana Cristina Sanches de Assis Domingos é uma terapeuta querida e competente que trabalhou com boa parte do nosso time na AACD e hoje integra nosso corpo clínico.

E assim, cada vez mais, vamos conseguindo dar às nossas crianças e adolescentes um atendimento de excelência, com uma equipe multidisciplinar unidade e coerente, num espaço cada vez mais agradável, onde o atendido aprende brincando, se divertindo, e especialmente, sendo feliz.




Nossas especialidades: Neurologia infantil e do adolescente, neuropsicologia, terapia cognitivo comportamental, terapia ABA, fonoaudiologia – linguagem e disfagia, fisioterapia motora, fisioterapia aquática, pilates solo, RPG, terapia ocupacional (integração sensorial), musicoterapia, acupuntura e nutrição.

Em caso de dúvidas, podem perguntar por aqui, mas caso eu demore a responder, enviem e-mail para contato@vivereclinica.com ou visitem nosso site: www.vivereclinica.com

Um abraço

Dra Alessandra

terça-feira, 10 de maio de 2016

Entendendo a disfagia

Contei no post anterior que agora temos na Vivere uma fonoaudióloga especialista em disfagia e distúrbios da alimentação. Mas o que é disfagia?

Segue então um texto da Fga Natália Gonfiantini explicando as alterações alimentares.

"A alimentação adequada é fundamental em todas as idades, pois auxilia o crescimento físico, o bom desenvolvimento neuropsicomotor, nutricional e imunológico. 

Distúrbios alimentares, como a disfagia e a recusa alimentar, dificultam a deglutição dos alimentos, prejudicando, então, o desenvolvimento dos indivíduos.
  
A recusa ou a seletividade alimentar pode ser observada em casos de pessoas que tenham alterações sensoriais orais, comportamentais, refluxo gastresofágico e/ou na disfagia. Já essa é um distúrbio que pode ocorrer no ato da manipulação oral do alimento, na deglutição e/ou no trânsito esofágico, tendo frequentemente relação com engasgos, tosse e sudorese intensa durante a refeição, dificuldade no ganho de peso, presença de refluxo gastresofágico, aspiração de alimento para vias aéreas  e pneumonias de repetição.  
              Comumente pessoas que possuem déficits intelectuais, comportamentais, alterações neurológicas, sensoriais e/ou síndromes genéticas, como por exemplo paralisia cerebral, sequela de acidente vascular cerebral (derrame), síndrome de Down, entre outras, podem apresentar distúrbios alimentares associados, o que prejudica o seu desenvolvimento.      

Nesses casos, é de extrema importância a avaliação do fonoaudiólogo, para melhor definição das condutas relacionadas à alimentação e deglutição." 

Fga. Natália Rocha Gonfiantini - CRFa:2-16960.
Formada em fonoaudiologia pelo Centro Universitário São Camilo.
Aperfeiçoamento em disfagia infantil pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde realizou também monitoria de estágio hospitalar, em motricidade orofacial com enfoque em disfagia neonatal do centro de cursos Fga. Cláudia Xavier.
Aprimoramento em fonoaudiologia neurológicva e de reabilitação pela neuroqualis.
Atuou em disfagia infantil no leito no Hospital Santa Catarina e no Hospital das Clínicas (instituto da criança), onde foi supervisora prática do curso de pós graduação em disfagia infantil da unidade.
Atualmente integra o quadro de fonoaudiólogas da AACD - Associação de Apoio a Criança Deficiente, APAE - associação de pais e amigos dos excepcionais e clínica Vivere.  


terça-feira, 3 de maio de 2016

Corre Menina!


Hoje vim aqui falar de um assunto diferente, mas que ainda assim tem muito a ver com saúde física e mental.
Em alguns momentos já abordei aqui a necessidade de pais e cuidadores de pessoas com deficiência terem um tempo para cuidar de si.
E uma resposta que eu sempre ouço é: “Não tenho tempo”, “a vida é muito corrida”, “só eu sei cuidar dele”. E assim, de desculpa em desculpa, vamos abrindo mão da nossa saúde e principalmente da nossa vida.
Por isso hoje vim contar a vocês uma história muito pessoal.
Eu adoro correr! Comecei a correr por acaso. Vinha caminhando e resolvi sair correndo. Simples assim! Sem treino, sem planejamento. Só correr. Fui me viciando nessa endorfina que a corrida libera e me apaixonando pelas possibilidades da corrida. A meta era correr os 10 km em menos de 1 hora. E consegui! Mas como prêmio, machuquei o joelho.
Fui então ao médico que disse que era bem simples, eu só teria que fortalecer a musculatura. Sim! Para correr eu tinha que fazer musculação e me preparar. Fui deixando pra lá. Parei de correr, e ganhei cerca de 20 kg nos 5 anos que se seguiram. E aí começaram as dores. Dói a coluna, dói o joelho, dói o ombro, dói o pé. Doía tanta coisa que era até difícil classificar.
Mas a coisa mais gostosa da vida é que sempre é tempo de recomeçar. E um belo dia, eu resolvi que queria voltar a ter aquele prazer e de quebra perder todo aquele peso que não me pertencia.
 
Comecei a treinar minha musculatura, com treino funcional e pilates, procurei um personal e uma nutricionista, perdi muito peso e finalmente, depois de 10 meses, voltei a correr. Devagar fiz 5 km, depois 10 km e finalmente 16 km. Um misto de euforia e sensação de superação. Outros desafios virão, com consciência e disciplina. Como uma escolha. Uma escolha que eu faço todos os dias quando acordo as 5:30h da manhã para treinar. Bate uma preguiça às vezes! Claro que sim. Mas eu penso: É pra mim. É a minha escolha. Eu dedico uma hora do meu dia, praticamente todo dia, para mim. Porque eu mereço. Porque todos nós merecemos.
E acredite, um dia isso fica tão parte da sua rotina, tão parte de você, que a gente sente muita falta quando não pode treinar.
Essa história vem para que eu reafirme a vocês que é possível. É possível que no meio de tantos afazeres, tantos compromissos, a gente possa se olhar, se cuidar e se amar. Não precisa ser com um esporte, não precisa perder peso, mas é preciso um autocuidado, um momento pra você.
A gente cuida muito melhor do outro quando se cuida primeiro. A caridade começa de dentro para fora. Seja caridoso e cuidadoso com você. E principalmente, seja feliz!
Um abraço
Dra Alessandra

terça-feira, 26 de abril de 2016

2016 e suas possibilidades

O ano começou com muito trabalho aqui na Vivere. Muito trabalho e muitas novidades que venho compartilhar com vocês.

Nós estamos observando uma demanda importante de terapia de reabilitação ABA para nossas crianças com Transtornos do Espectro do Autismo. É uma terapia bastante intensiva e programada, com resultados positivos já bem documentados na literatura e na nossa prática clínica.

Muitas famílias vêm conseguindo, inclusive, liminares para que o plano de saúde pague por essa terapia. Pensando nisso, este mês firmamos parceria com um escritório de advocacia muito conceituado na região e que vem ganhando com frequencia o acesso das nossas crianças às terapias necessárias.

Em breve, teremos inclusive, uma palestra sobre o tema para maiores esclarecimentos.

Outra boa novidade é o aumento do nosso espaço físico! Teremos duas salas exclusivas para terapia ABA, uma sala de fisioterapia, outra de fonoaudiologia e uma de Terapia Ocupacional com Integração sensorial, além de uma sala para avaliação Neuropsicológica e Terapia Cogmed.

Para finalizar tantas novidades, contamos agora com Nutricionista e com mais uma fonoaudióloga, especialista em disfagia e distúrbios da alimentação.

E assim trabalhando muito, estudando muito e nos dedicando para oferecer a cada dia um serviço de melhor qualidade para nossos pequenos.

Em caso de dúvidas, podem perguntar por aqui, mas caso eu demore a responder, enviem e-mail para contato@vivereclinica.com ou visitem nosso site: www.vivereclinica.com


Um abraço

Dra Alessandra

terça-feira, 15 de março de 2016

Entrevista no blog Super Mãe

http://www.supermae.blog.br/2016/03/entrevista-com-neuropediatra-alessandra.html

Terapia Multidisciplinar


Muito tem se falado deste termo na atualidade, especialmente na reabilitação neurológica. O termo avaliação ou terapia multidisciplinar descreve a parceria entre diversos profissionais da área da saúde para a avaliação diagnóstica e o tratamento de um paciente.

Quando usamos esse termo para nos referir ao processo de avaliação diagnóstica, estamos dizendo que vários profissionais de diferentes áreas vão examinar aquela criança para fechar um diagnóstico e orientar o tratamento.
 
Por exemplo, em crianças com dificuldades escolares, essa avaliação conta, geralmente com neuropediatra, neuropsicólogo e fonoaudiólogo. Eventualmente, a terapia ocupacional (TO) pode ser necessária no processo diagnóstico. Nas crianças com suspeita de transtornos do espectro do autismo, essa avaliação também deve ser realizada por esses profissionais. Já quando pensamos na paralisia cerebral, a avaliação é realizada pelo neuropediatra, pelo fisioterapeuta, pelo fonoaudiólogo e pelo terapeuta ocupacional. 

Uma vez finalizada essa investigação e concluindo-se que a criança apresente algum transtorno, essa equipe sugere a abordagem terapêutica a ser instituída.

Várias situações neurológicas requerem uma terapia multidisciplinar, que pode combinar o tratamento medicamentoso (com remédio), com terapias de reabilitação, tais como fisio, fono, TO, psicoterapia, terapia ABA, treino cognitiva, equoterapia, hidroterapia, arteterapia, musicoterapia, entre outros. Eventualmente a terapia medicamentosa pode não ser necessária, ficando a reabilitação como parte principal do tratamento.

Mais importante que a presença de vários profissionais cuidando de uma criança é que haja uma troca profunda e regular entre eles. Os objetivos de terapia têm de ser tratados em conjunto e em harmonia, bem como as avaliações subsequentes da evolução.

Tratar uma criança com dificuldades escolares, motoras, sensoriais ou cognitivas é um belo trabalho, cheio de bons resultados, entretanto é um trabalho que deve ser realizado por uma equipe unida e que trabalhe pelo mesmo objetivo, com cada especialista somando forças com sua expertise para que tenhamos crianças bem adaptadas e principalmente, felizes.

Um abraço
Dra Alessandra
 

Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....