terça-feira, 2 de agosto de 2016

As doenças neuromusculares

Meus amigos, vocês que acompanham aqui no blog sabem que sou movida a desafios. Adoro estudar e sou uma curiosa por natureza. Mas esse ano entrei numa situação realmente desafiadora e fora da minha zona de conforto. Dizem que a gente só cresce quando saímos da nossa zona de conforto, então esse foi um ano de muito crescimento.

Fiz minha formação em neuropediatria e posteriormente em epilepsia e transtornos psiquiátricos. Nunca mais depois que saí da residência trabalhei com doenças neuromusculares. 

Entretanto fui convidada para assumir essa clínica no centro de reabilitação onde trabalho. Realizei um treinamento intenso e estudei muito para essa nova função.

Em tempo, sob a denominação genérica de doenças neuromusculares, agrupam-se diferentes afecções decorrentes do acometimento primário da unidade motora, composta pelo motoneurônio medular, raiz nervosa, nervo periférico, junção mioneural e músculo. Nas crianças, a maior parte destas afecções é geneticamente determinada, sendo as doenças neuromusculares adquiridas bem mais raras do que em adultos. Miopatias, distrofias musculares, polineuropatias são exemplos destas condições.

Sem dúvida, o maior desafio deste momento foi voltar a atender adultos. Eu sou uma pediatra por natureza. Atendo meus pacientes com minhas pantufas de minions e sou fundamentalmente uma pessoa no diminutivo! 

Não foi fácil. Mas abri meu coração, enfrentei meus medos e devo dizer que estou realmente gostando da nova experiência. Vendo a reabilitação por outro ângulo e vivenciando experiências muito diferentes daquelas da pediatria.

Resumindo, assumir novas funções não só é um estímulo cognitivo como também um estímulo para a vida, onde aprendemos novas abordagens e também um novo olhar para a profissão.

Um abraço
Dra Alessandra



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