terça-feira, 30 de março de 2010

Fitoterapia: a arte curativa da natureza.

A fitoterapia tem poder!!! Esse conceito antigo e familiar para nossas avós vem recentemente tornando-se real também no campo da ciência. Vários estudos no Brasil e no exterior comprovam a eficácia do uso das plantas medicinais na cura de enfermidades variadas. E o melhor é que isso pode estar bem ali no seu quintal.

Entretanto, as plantas medicinais são remédios e devem ser tratadas como tal. Precisam ser utilizadas com critério e podem, como os remédios alopáticos, provocar efeitos colaterais.

No caso das ervas provocarem qualquer sintoma estranho, suspenda o uso e consulte um médico. Não use também fitoterápicos crônicamente sem a supervisão do especialista.

Tomados esses cuidados, vamos à história. O uso de plantas como medicamentos é muito antigo e remonta do ano 3.000 a.C. na China um dos primeiros tratados sobre ervas medicinais. A medicina tradicional chinesa há muito se beneficia do poder das plantas para tratar os males do corpo.

Porém na hora de usar um fitoterápico devemos observar alguns detalhes importantes:
1) Compre as ervas em boas casas do ramo, verificando prazo de validade e procedência da mesma;
2) Procure o nome científico da erva, para não se enganar com regionalismos;
3) Armazene em local fresco e seco, em recipientes de vidro escuro e com etiqueta.
Embora possam ser utilizadas de várias maneiras (compressas, tintura, escalda-pés, inalações, cataplasma, entre outros), vamos falar da mais simples forma de usá-las que é como um aconchegante chá.

E podemos mesmo aproveitar cada hora do dia para um chá específico. Pela manhã dê preferências aos chás estimulantes: chá preto, chá verde, chá mate, chá de canela.
Após o almoço são os digestivos que tem seu momento: chá verde, chá de hortelã, chá de boldo. Antes de dormir um bem relaxante: chá de camomila, melissa, erva-doce.

Lembre-se que embora saborosos e prazeirosos, os chás de saquinho não possuem os mesmo efeitos medicinais da erva pura.

Outro lembrete importante é que não dever se ferver folhas e flores, especialmente as aromáticas como a camomila, o hortelã, etc. Devemos fazer uma infusão: para cada litro de água, coloca-se 4 colheres de sopa da folha fresca ou 2 da folha seca. Então ferve-se a água e despeja-se num recipiente com as folhas. Tampe a vasilha, deixe descansar por 10 minutos, coe e beba. Para cascas e galhos, aí sim podemos deixar borbulhar por cerca de 10 minutos com a panela tampada, evitando recipientes de alumínio que oxida alguns princípios ativos das ervas.

Por fim, evite adoçar os chás. Seu consumo natural é o ideal. Caso não seja possível, adicione um pouquinho de açucar ou mel.

Aproveite: maracujá para acalmar, melissa para relaxar e dormir bem, camomila para dor de cabeça, hortelã para os males da digestão!
Escolha o seu!!


Um abraço
Dra Alessandra

terça-feira, 23 de março de 2010

O BRINCAR COMO RECURSO TERAPÊUTICO

Conforme vimos na semana passada, através do brincar a criança inicia o processo de auto conhecimento, da sua relação com o outro e com o meio, criando assim relações necessárias para interagir com o mundo. O brinquedo torna-se um instrumento de exploração e desenvolvimento de suas capacidades.

Na prática, o brincar, atividade informal e espontânea, pode ser utilizada de maneira formal, como recurso terapêutico pelos profissionais que trabalham com crianças, por ser a maneira delas se relacionarem com o mundo externo.

Além de meio terapêutico, as brincadeiras revelam muito da personalidade e dos conflitos das crianças, sendo, portanto um excelente método diagnóstico. A simples observação do brincar pode levar um proficcional a conhecer profundamente uma criança. Pais, educadores e cuidadores podem também, ao observar e interagir com as brincadeiras, conhecer mais sobre a personalidade de seus filhos.

Crianças com necesidades especiais necesitam ainda mais da estimulação da brincadeira como método de reabilitação. Ao possibilitar o espaço de brincar, o profissional impulsiona a criança a fazer sua brincadeira acontecer, ou seja, torna-la realidade, pois estará concretizando situações próprias, conflitantes ou não. E permite-se com que venham à tona determinadas situações e fatores que de outra forma seriam muito difícil de captar e detectar.

No caso da criança com paralisia cerebral, devido ao comprometimento motor (reflexos, tônus muscular), limitar todas essas experiências citadas anteriormente, necessárias para o desenvolvimento neuropsicomotor, o brincar torna-se ainda mais importante para a estimulação. Utilizando o brincar como um recurso terapêutico, valorizamos o movimento, a imagem e o ritmo próprio – elementos básicos a serem reconhecidos, estimulados e desenvolvidos. Á partir do brincar a criança irá mostrar para o terapeuta, suas possibilidades e limitações. Ao analisar as vantagens que a atividade recreativa proporciona no atendimento à criança com Paralisia Cerebral, o profissional será capaz de potencializar as intervenções clínicas em benefício desta.

O tratamento de crianças com Paralisia Cerebral, requer uma equipe multiprofisional e nesta deve sem dúvida, esta incluso o Terapeuta Ocupacional um profissional capacitado para conduzir o brincar de forma lúdica e terapêutica, dando funcionalidade a esta.

A confecção dos brinquedos também traz uma sensação de muito prazer à criança,aumentando a sua auto-estima, bem como vários outros enfoques que podem ser trabalhados e avaliados nessa construção.

Assim, mudar nosso olhar para a importância do brincar na vida das crianças é fundamental para darmos à elas a melhor estimulação para o desenvolvimento pleno de suas capacidades motoras e cognitivas. Tirar um tempo do seu dia para brincar com filhos, sobrinhos ou netos, olhar nos olhos e se envolver de coração com a brincadeira é terapêutico não só para a criança, para o adulto, e principalmente, para o vínculo afetivo desta relação.
Um abraço
Dra Alessandra

segunda-feira, 22 de março de 2010

ÁGUA - A FONTE DA VIDA!!!

Terra... Planeta água! Tanto tempo e essa música ainda tão atual!!!
Hoje é o dia da água. Beber água parece um ato tão comum, tão automático que acabamos esquecendo a importancia da água em nossas vidas.
Nosso corpo é formado basicamente de água, portanto precisamos muito dela. Beber água quando sentimos sede é sinal que deixamos nosso corpo desidratar e ele está reclamando. Portanto, o ideal é beber um copo de água por hora, sem deixar o corpo sentir sede. Nos dias quentes essa quantidade pode ser maior, nunca menor.
Água faz bem para a pele, para a função renal, para o corpo como um todo.
As crianças em especial, que gastam muita energia, devem beber água constantemente e cabe aos pais estimular este bom hábito. Cabe também ensinar que a água é um recurso esgotável e que devemos economizar. Tomar banho rápido, fechar a torneira ao escovar os dentes, não desperdiçar são lições de saúde e cidadania.
E lembre-se: um exemplo vale mais que mil palavras! Seja saudável e educado e seus filhos assim o serão.
Veja no You Tube o vídeo: children see, children do.
Boa semana! Um abraço!
Dra Alessandra

sábado, 20 de março de 2010

DIA MUNDIAL DA SÍNDROME DE DOWN

Esta ocorrência genética deve o seu nome ao médico inglês John Langdon Haydon Down, que a descreveu. Ocorre em cerca de 1 para cada 660 crianças nascidas, sendo assim a forma mais freqüente de deficiêcia intelectual causada por uma alteração cromossômica.

É causada pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos na posição 21, na sua totalidade ou de uma porção fundamental dele, sendo por isso também conhecida como trissomia do 21. Não pode ser detectada pelo teste do pezinho e nem em exames pré-natais de rotina.

Em um primeiro momento, o nascimento de uma criança com Síndrome de Down pode trazer um misto de surpresa, decepção, tristeza, desesperança... O bebê chegou diferente do esperado, deixando em seus pais dúvidas sobre seu presente e seu futuro. Entretanto, o desenvolvimento de indivíduos com Síndrome de Down é influenciado pela qualidade do cuidado, educação e experiência que lhes são oferecidos, como qualquer outra pessoa.

Não é possível prever o desenvolvimento futuro de um bebê com síndrome de Down somente a partir de seu diagnóstico.

Algumas crianças tem alguns problemas adicionais de saúde. Por conta disso, após a realização do cariótipo (exame que confirma o diagnostico), as crianças com síndrome de Down necessitam realizar outros exames periodicamente ou a critério médico, especialmente cardíacos.

Todos os indivíduos com síndrome de Down mostram algum grau de deficiência de aprendizagem. Algumas crianças progridem dentro da faixa de baixo rendimento de crianças sem deficiência de escolas comuns, outras são mais lentas, com dificuldades que vão de moderadas a graves, e uma minoria tem dificuldades adicionais múltiplas que levam a progresso mais lento ainda.

Cada criança com síndrome de Down precisa ser considerada como um indivíduo único e suas necessidades determinadas como uma pessoa, levando-se em consideração as possíveis consequencias da síndrome no desenvolvimento, mas não deduzindo-se que a síndrome sozinha determinará o futuro.

As crianças com Síndrome de Down tem direito a uma educação adequada, na rede regular de ensino e mais ainda tem o direito de receberem um investimento familiar e da sociedade, pois são capazes de se tornarem adultos produtivos e independentes.

Dia 21 de março comemoramos o dia mundial da Síndrome de Down e mais do que nunca devemos pensar numa sociedade mais justa, menos preconceituosa e mais inclusiva.
Visite o blog
www.institutosouespecial.blogspot.com e veja como tem muita gente boa trabalhando por um mundo melhor para todos.

Um abraço
Dra Alessandra

terça-feira, 16 de março de 2010

O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A criança para seu pleno desenvolvimento neuro-psico-motor, necessita de cuidados, boa alimentação e sobretudo amor. Semana passada abordamos o desenvolvimento infantil e essa semana falaremos de um recurso fantástico para estimulação da criança que é o brincar. Nada é mais estimulante para o desenvolvimento das potencialidades de uma criança do que o brincar.

O brincar oferece possibilidades de sermos mais naturais, principalmente, na infância, onde construímos a nossa base psiquica, suporte para toda uma vida.
Segundo Piaget, a criança no período compreendido entre 0 e 2 anos apresenta uma evolução significativa no desenvolvimento físico, cognitivo e principalmente social, onde recebe grande influência do ambiente.

O brincar é essencial às crianças e nos revela de diversas formas que tem poder terapêutico natural, além de constituir auxílio na boa formação infantil.
O brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; conduz aos relacionamentos grupais; é a forma mais completa de se estimular e demonstrar amor a uma criança.
É no brincar, que o indivíduo, criança e adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade de forma integral.

O desenvolvimento infantil se encontra particularmente vinculado ao brincar, uma vez que este se apresenta como a linguagem própria da criança, através da qual lhe será possível o acesso à cultura e sua assimilação. É fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança quanto à sua socialização, sendo um importante instrumento de intervenção em saúde durante a infância.

Durante o primeiro ano de vida, o objeto de maior atenção da criança, é o corpo e suas brincadeiras com ele, a descoberta de partes deste corpo, seu calor, equilíbrio e segurança. Somente com o tempo é que a criança utiliza-se de regras em seus jogos, onde começa a denominar objetos e suas funções. Para as crianças nesta fase, os brinquedos servem de estímulos visuais (percebe cores, movimentos e formas), gustativos (leva os objetos à boca reconhecendo-os), táteis (percebe materiais e texturas). Com estes estímulos ela aprimora sua coordenação motora ampla e fina, onde irá segurar, balançar, jogar. Com a exploração dos brinquedos, ela aprende sobre as qualidades dos objetos um em relação ao outro, sendo capaz de fazer escolhas e desenvolver habilidades intelectuais, emocionais e de comunicação.

A partir dos dois anos, jogos simples, encaixes, bonecas e carrinhos passam a fazer parte do arsenal de brinquedos para as crianças. Só entre 3 e 4 anos, elas começam a entender as brincadeiras em grupo e suas regras. Quebra-cabeça, bola, corda, são estimulos interessantes nesta faixa etária.

A aprendizagem do mundo, para a criança torna-se possível através do que ela ouve, vê, toca e prova, dependendo de alguém que interaja com ela, fornecendo ajuda quando necessário.

Através dos marcos do desenvolvimento normal da criança iremos observar o quanto a criança irá adquirindo movimentos e posturas que facilitaram a exploração dos objetos (brinquedos), que lhes são oferecidos. Para que isso ocorra é fundamental a colaboração dos pais estimulando esta criança. Contato físico, visual, cantar para a criança, ter um tempo só para brincar e se dedicar a ela são aspectos fundamentais para a saúde física e mental da criança.

Deverá ser levado em consideração que o brincar não é algo a ser imposto e sim proporcionado, de forma que no dia-a-dia esta criança tenha tempo para o prazer de brincar, não ocupando seu dia com afazeres e obrigações sem sentido para ela.

E mais ainda, o brincar pode ser utilizado como um recurso terapêutico para a reabilitação de crianças com necessidades especiais!! Não perca na próxima semana: o brincar como recurso terapêutico.

Um abraço e boa semana!!
Dra Alessandra

terça-feira, 9 de março de 2010

O Desenvolvimento da Criança: Principais marcos e passos para estimulação

Um a três meses: nesta fase o bebê começa a:
Fixar o olhar e acompanhar objetos: coloque brinquedos grandes e com cores fortes para que possa olhar.
Sustentar a cabeça: coloque o bebê de bruços para ele levantar a cabeça
Converse bastante com ele, cante canções tranqüilas, tenha contato físico com o bebê.
No terceiro para o quarto mês ele já agarra chocalho e ri para suas brincadeiras.

Cinco a seis meses: ele agora vai se preparar para sentar:

Coloque o bebê sentado com apoio (almofadas bebê conforto, carrinho).
Deixe de bruços com brinquedos na frente para ele segurar o tronco com os braços.
Ajude-o a rolar (passar de bruços para costas).
Compre brinquedos que a criança possa levar á boca.
Brinque de esconder com ele e ensine-o a segurar a mamadeira.

Oito a nove meses:

Já imita sons de palavras. Fale palavras simples como "da", "pa”.
Fica de pé se segurando. Brinque com ele de pé. Deixe-o livre no chão forrado para que se movimente sozinho.

Nove a dez meses:

Anda segurando nos móveis; Pode ou não começar a engatinhar; Começa a indicar o que quer; Reconhece familiares.

Onze meses a um ano e três meses:

Começa a andar sem apoio. Pode cair algumas vezes e até parar de andar por conta disso. Não se assuste e não o assuste com os tombos, sempre o estimulando a recomeçar.
Brinque de jogar bola com ele.
Ensine-o a beber no copinho.

É importante salientar que esses são marcos gorsseiros do desenvolvimento. O fato de uma criança demorar um pouco mais para obter uma ou outra aquisição não deve causar pânico.

O seguimento realizado pelo pediatra (puericultura) mensalmente é capaz de diagnosticar atrasos fisiológicos ou atrasos reais no desenvolvimento que devem ser encaminhados ao neuropediatra.

terça-feira, 2 de março de 2010

ESTIMULAÇÃO NA INFANCIA: A IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO PRECOCE PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento pleno das potencialidades de todas as crianças. Especialmente no primeiro ano de vida, o cérebro passa por inúmeros processos de amadurecimento que repercutirão por toda a vida.
Sabe-se que o cérebro infantil, apresenta algumas peculiaridades em relação ao do adulto, dentre elas sua maior capacidade de regeneração e uma maior capacidade de adaptação. É como se o sistema nervoso infantil fosse uma pedra bruta que aceita qualquer tipo de lapidação. Quanto mais delicada for essa lapidação, melhor o desenvolvimento de suas capacidades. A esse processo de regeneração e desenvolvimento cerebral, dá-se o nome de plasticidade neuronal.
A plasticidade neuronal fundamenta e justifica a estimulação plena das crianças precocemente, visto que nessa idade a resposta é maior que nos outros períodos da vida.
O contato de um bebê com sua família é o primeiro passo a estimulação de seu desenvolvimento. Brinquedos adequados para a idade são muito importantes, mas nada substitui o contato físico da criança com seus pais.
Desde antes do nascimento o bebê reconhece a voz de sua mãe. Por isso, cantar canções de ninar e de acalento acalmam e dão sensação de segurança à criança.
O ato de amamentar, ou para aquelas mães que necessitaram recorrer ao aleitamento artificial, o ato de alimentar seu filho, olhando-o nos olhos, conversando em voz baixa com ele é uma excelente estímulo.
O acompanhamento médico especializado com o pediatra (puericultura) é outro fator fundamental para o cuidado com o bebê. O pediatra acompanhará o desenvolvimento físoco e neurológico da criança referindo-o ao sub-especialista quando necessário.
Crianças prematuras ou que apresentaram sofrimento ao nascimento merecem cuidados redobrados no seu acompanhamento, por vezes necessitando do seguimento neuropediátrico (neuropuericultura) e de outros profissionais da saúde como fisioterapeuta, terapeuta ocupacional (TO) e fonoaudiólogo.
É importante também que a família reconheça os tempos do desenvolvimento neurológico e que perceba que não há rigidez nos marcos. Por exemplo, bebês sentam por volta de 6 meses, porém até 8-9 meses na ausência de outros transtornos neurológicos, é ainda considerado dentro da faixa da normalidade.
Acho que a estimulação precoce é a melhor forma de medicina preventiva em neurologia. Dar a criança a oportunidade de desenvolvimento pleno de suas capacidades é fundamental para um crescimento saudável.
No centro de reabilitação que trabalho em Cotia, temos o Grupo de Intervenção Precoce, que trabalha com bebês ditos de risco (prematuros com peso ao nascimento menor que 1.500g, asfíxicos e bebês com meningite ou convulsão neonatal), onde acompanhamos o desenvolvimento destes atendidos em equipe multiprofissional (Neuro, fisio, fono, TO e psicologia) e iniciamos abordagem terapêutica caso seja observado qualquer atraso.
Na próxima semana, falaremos sobre os marcos do desenvolvimento neurológico e o trabalho de estimulação precoce desenvolvido na APAE – Cotia.

Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....