terça-feira, 16 de março de 2010

O BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A criança para seu pleno desenvolvimento neuro-psico-motor, necessita de cuidados, boa alimentação e sobretudo amor. Semana passada abordamos o desenvolvimento infantil e essa semana falaremos de um recurso fantástico para estimulação da criança que é o brincar. Nada é mais estimulante para o desenvolvimento das potencialidades de uma criança do que o brincar.

O brincar oferece possibilidades de sermos mais naturais, principalmente, na infância, onde construímos a nossa base psiquica, suporte para toda uma vida.
Segundo Piaget, a criança no período compreendido entre 0 e 2 anos apresenta uma evolução significativa no desenvolvimento físico, cognitivo e principalmente social, onde recebe grande influência do ambiente.

O brincar é essencial às crianças e nos revela de diversas formas que tem poder terapêutico natural, além de constituir auxílio na boa formação infantil.
O brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; conduz aos relacionamentos grupais; é a forma mais completa de se estimular e demonstrar amor a uma criança.
É no brincar, que o indivíduo, criança e adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade de forma integral.

O desenvolvimento infantil se encontra particularmente vinculado ao brincar, uma vez que este se apresenta como a linguagem própria da criança, através da qual lhe será possível o acesso à cultura e sua assimilação. É fundamental tanto ao desenvolvimento cognitivo e motor da criança quanto à sua socialização, sendo um importante instrumento de intervenção em saúde durante a infância.

Durante o primeiro ano de vida, o objeto de maior atenção da criança, é o corpo e suas brincadeiras com ele, a descoberta de partes deste corpo, seu calor, equilíbrio e segurança. Somente com o tempo é que a criança utiliza-se de regras em seus jogos, onde começa a denominar objetos e suas funções. Para as crianças nesta fase, os brinquedos servem de estímulos visuais (percebe cores, movimentos e formas), gustativos (leva os objetos à boca reconhecendo-os), táteis (percebe materiais e texturas). Com estes estímulos ela aprimora sua coordenação motora ampla e fina, onde irá segurar, balançar, jogar. Com a exploração dos brinquedos, ela aprende sobre as qualidades dos objetos um em relação ao outro, sendo capaz de fazer escolhas e desenvolver habilidades intelectuais, emocionais e de comunicação.

A partir dos dois anos, jogos simples, encaixes, bonecas e carrinhos passam a fazer parte do arsenal de brinquedos para as crianças. Só entre 3 e 4 anos, elas começam a entender as brincadeiras em grupo e suas regras. Quebra-cabeça, bola, corda, são estimulos interessantes nesta faixa etária.

A aprendizagem do mundo, para a criança torna-se possível através do que ela ouve, vê, toca e prova, dependendo de alguém que interaja com ela, fornecendo ajuda quando necessário.

Através dos marcos do desenvolvimento normal da criança iremos observar o quanto a criança irá adquirindo movimentos e posturas que facilitaram a exploração dos objetos (brinquedos), que lhes são oferecidos. Para que isso ocorra é fundamental a colaboração dos pais estimulando esta criança. Contato físico, visual, cantar para a criança, ter um tempo só para brincar e se dedicar a ela são aspectos fundamentais para a saúde física e mental da criança.

Deverá ser levado em consideração que o brincar não é algo a ser imposto e sim proporcionado, de forma que no dia-a-dia esta criança tenha tempo para o prazer de brincar, não ocupando seu dia com afazeres e obrigações sem sentido para ela.

E mais ainda, o brincar pode ser utilizado como um recurso terapêutico para a reabilitação de crianças com necessidades especiais!! Não perca na próxima semana: o brincar como recurso terapêutico.

Um abraço e boa semana!!
Dra Alessandra

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Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....