terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Paralisia Cerebral: Investir na criança é o melhor remédio

Também chamada ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO EVOLUTIVA (ECNE), a paralisia cerebral (PC) foi descrita por William Little em 1860, como uma desordem que acometia crianças nos primeiros anos de vida, causando espasticidade (rigidez) dos músculos dos membros inferiores e em menor grau dos superiores. Estas crianças apresentavam dificuldade em segurar objetos, em engatinhar e em andar. Elas não melhoravam nem pioravam com o tempo. 

Esta condição que foi denominada como doença de Little por muitos anos, é agora conhecida como uma das formas de paralisia cerebral (PC), a diplegia espástica.

Grandes avanços foram obtidos em relação à PC nos últimos anos. Estudos bioquímicos tem levado a um melhor entendimento do processo de lesão neuronal. A identificação e início da terapia precoces de bebês com PC permite melhor oportunidade para o desenvolvimento de sua plena capacidade. A tecnologia moderna permitiu melhoria das técnicas diagnósticas, como os exames de imagem e análise da marcha. Certas condições responsáveis pela PC como a rubéola e a hiperbilirrubinemia (icterícia ou amarelão), podem ser prevenidas e tratadas. A associação de fisioterapia, terapia psicológica e comportamental, novas medicações, técnicas cirúrgicas modernas e aparatos fisioterápicos, podem ajudar a melhorar a vida destes pacientes, no sentido de levarem uma vida o mais independente e produtiva possível.

Paralisia cerebral é um termo amplo e impreciso, existindo ainda indefinições sobre os seu conceito, porém por há muito ter sido amplamente usado, este termo acabou por se firmar na prática e literatura médicas. Assim PC seria um grupo de desordens crônicas não progressivas, que acometem o controle do movimento e/ou postura. Esta ocorre em decorrência de uma lesão em uma ou mais áreas cerebrais específicas durante período de desenvolvimento cerebral, ou seja,no período intra-uterino até os primeiros anos de vida. A lesão cerebral seria persistente e não progressiva; porém, as características do déficit resultante da lesão cerebral geralmente mudam com o tempo.

Os sintomas da PC variam em um grande espectro de gravidade. Enquanto algumas crianças podem ser incapazes de andar e necessitam de cuidado extensivo e prolongado, uma criança com PC leve pode apenas ser levemente desajeitada e não requerer assistência especial. Outras alterações podem estar associadas como crises epilépticas e deficiência mental.

A paralisia cerebral é um grupo de desordens relacionadas mas que apresentam diferentes causas. Assim, para obtermos o diagnóstico etiológico, é necessário que o médico analise diversos fatores envolvidos como a apresentação clínica, os antecedentes maternos e da criança, e o início do quadro.

Dentre as causas de PC destacam-se a encefalopatia hipóxico isquêmica (falta de oxigênio no parto),prematuridade extrema, infecções congênitas como Rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose, causando lesão ao sistema nervoso em desenvolvimento, doenças genéticas entre outras.

A PC não apresenta cura e embora o melhor tratamento seja a prevenção dos fatores de risco, muito pode se fazer para melhorar as capacidades da criança na tentativa de ajudar estes pacientes a crescerem até sua maturidade e terem o máximo de independência na sociedade. Pesquisas médicas atuais objetivam uma vida próxima ao normal à maioria dos pacientes. O médico deve trabalhar em grupo com os outros profissionais de saúde para identificar as necessidades de cada criança e criar um plano de tratamento individual que se adeque a ela.

Algumas medidas que podem ser inclusas neste plano terapêutico incluem medicações para o controle de convulsões e da espasticidade muscular, aparelhos ortopédicos para compensar o desbalanço muscular, cirurgias, controle fisioterápico, fonoaudiológico e ocupacional, além de aconselhamento psicológico. Em geral, o início do tratamento precoce melhora as possibilidades da criança de vencer suas incapacidades.

Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo, instituído o mais cedo possível associado à aceitação da criança com paralisia cerebral como um indivíduo capaz e cheio de possibilidades proporciona a estes pacientes uma vida plena e produtiva tanto física quanto emocionalmente.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Neurologia infantil e do adolescente

A Neuropediatria (também denominada Neurologia Pediátrica ou Neurologia Infantil) constitui uma sub-especialidade da pediatria dedicada às doenças ou disfunções do sistema nervoso e do sistema muscular que se manifestam na criança ou no adolescente.
O Neuropediatra tem como função essencial o diagnóstico, prognóstico, orientação terapêutica e aconselhamento dos problemas neurológicos que afetam a criança ou o adolescente, mas a sua atividade clínica exige frequentemente um contato estreito com outros especialistas não só da pediatria ou da neurologia mas ainda da genética, bioquímica, neuroradiologia, neurofisiologia, neuropatologia, neurocirurgia, psiquiatria infantil e reabilitação.

Area de atuação
Acompanhamento (neuro-puericultura) de bebês de risco (prematuros ou asfíxicos)
Alterações no Desenvolvimento Neuro-psico-motor (DNPM)
Epilepsia (convulsão)
Cefaléia (dor de cabeça)
Disfunções musculares
Transtornos no aprendizado (dislexias, discalculia)
Transtornos do neurodesenvolvimento (Transtornos do espectro do autismo, deficiencia intelectual, TDAH)
Distúrbios do comportamento
Distúrbios do sono

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Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?

Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....