A paralisia
cerebral (PC) foi descrita por William Little em 1860, como uma desordem que
acometia crianças nos primeiros anos de vida, causando espasticidade (rigidez)
dos músculos dos membros inferiores e em menor grau dos superiores. Estas
crianças apresentavam dificuldade em segurar objetos, em engatinhar e em andar.
Elas não melhoravam nem pioravam com o tempo. Esta condição que foi denominada
como doença de Little por muitos anos, é agora conhecida como uma das formas de
paralisia cerebral, a diplegia espástica.
O diagnóstico
precoce e o tratamento contínuo, instituído precocemente, são fatores de maior
importância para a boa evolução. Para isso, é fundamental uma boa equipe de
neonatologia treinada para reconhecer fatores de risco, a presença do
neuropediatra de retaguarda para avaliação desses casos e a realização de
exames complementares de forma rápida e acessível.
Baseada nessas
premissas, semana passada compareci no evento que realizamos na câmara dos
vereadores de SP sobre PC. Além de dar uma palestra, participei da organização
do programa do simpósio e da realização de uma cartilha para diagnóstico
precoce da PC, escrevendo um capítulo.
O evento foi muito interessante e produtivo.
Não vou conseguir esgotar todos os pontos que quero discutir com vocês em um
único post, por isso vou escolher hoje um tópico de extrema importância que é a assinatura do
Decreto que instituiu o dia 07 de novembro como dia municipal da Paralisia
Cerebral.
Esse decreto foi
assinado durante o evento e embora vocês já saibam que não curto muito dia
disso ou daquilo, nesse caso é diferente. Estabelecer dia para se pensar em
determinadas situações clínicas, tais como o Autismo, a Síndrome de Down e a
Paralisia Cerebral é fundamental. Falar sobre
o assunto, cobrar políticas públicas de assistência, estudar, melhorar a
vida dessas pessoas.
Esse foi um
primeiro passo, de outros maiores que com certeza virão. Vem caminhar com a
gente!
E seja feliz!
Abraços
Dra Alessandra