terça-feira, 4 de maio de 2010

Estimulação Precoce: o caminho para o desenvolvimento adequado!!!

Estimular num conceito mais simples, significa criar condições que facilitem o desenvolvimento da criança. As mães o fazem naturalmente, através de conversas, alimentação, jogos de demonstração de afeto e carinho. No recém-nascido de risco (prematuro, baixo peso de nascimento e asfíxico), o processo se torna mais complexo, pois pode haver alteração no vínculo mãe / filho (a) e a intervenção precoce surge como um processo terapêutico.

O que se pretende é o início da estimulação o mais cedo possível, uma vez que durante os primeiros anos de vida é que ocorre o maior desenvolvimento do cérebro, sendo de fundamental importância, as experiências pelas quais a criança passa neste período.

A plasticidade neuronal explica hoje a urgência que há na estimulação de crianças que sofreram uma injúria no SNC, pois quanto mais precoce e objetiva esta intervenção, maior e melhor são as chances desta criança se desenvolver plenamente dentro de suas potencialidades e com menor déficit residual. Nosso cérebro está mais apto a mudanças de função e recuperação de funções lesadas.

A intervenção precoce deve ser iniciada a partir do momento que o bebê recebe alta hospitalar e serão estimuladas as percepções sensoriais, os movimentos normais (posicionamento da criança), os aspectos motores (como coordenação motora), o brincar, a socialização e a cognição.

Eu trabalho em duas “frentes” de estimulaçao precoce. Na APAE – Cotia temos o PEP (Programa de Estimulação Precoce) que atende cerca de 40 crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade com o objetivo de estimular a criança e orientar os responsáveis quanto ao desenvolvimento global desta. Essas crianças tem já receberam o diagnóstico de uma afecção neurológica, sendo as mais frequentes a paralisia cerebral e a síndrome de Down.

Já no CEFOR IV – Cotia atendemos recém-nascidos de considerados de risco (Grupo de Intervenção Precoce) – baixo peso ao nascer, prematuros , asfíxicos, com crise epiléptica ou meningite neonatal.

Em ambos os programas a equipe conta com médico, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga, sendo que no CEFOR contamos ainda com a dentista. Esses programas só atendem pessoas domiciliadas em Cotia.

Nosso objetico é promover a saúde física, mental e emocional destas crianças, trabalhando os vínculos parentais, a compreensão da deficiência quando presente e o investimento da família neste indivíduo. Queremos criar crianças felizes com ou sem deficiência, aceitas por suas famílias e pelo meio onde vivem!!

Um abraço e boa semana
Dra Alessandra

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