quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Comer bem é um direito!

Problemas nutricionais são comuns em pessoas com necessidades especiais. A desnutrição proteico-calórica é frequente nesses indivíduos e necessita diagnóstico precoce e abordagem clínica adequada para evitar complicações como infecções de repetição.
Entretanto, nem só a desnutrição é um problema a ser observado, mas também o sobrepeso e a obesidade, condições que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diminuindo a expectativa de vida destas pessoas.
A intervenção nutricional para recuperar um indivíduo desnutrido ou obeso considera tanto as necessidades imediatas do paciente como as possibilidades sociais, econômicas e emocionais do ambiente, bem como o desenvolvimento de um hábito alimentar saudável.
Mesmo que seja uma intervenção pontual, ela deve ser pensada em longo prazo, na medida em que o trabalho de educação nutricional efetivo é o que garantirá a permanência da recuperação nutricional.
A abordagem nutricional ajuda a diferenciar desnutrição primária e secundária e os diversos graus de obesidade e oferece orientações sobre ações educativas e alimentação saudável para o combate às alterações nutricionais.
Vejo muitas famílias alimentarem suas crianças com pouca variedade - praticamente só com leite (porque dá menos trabalho) ou só com alimentos industrializados, como doces, bolachas e salgadinhos (porque a criança aceita melhor), mas essa conduta em nada ajuda na vida da criança. Se oferecermos alimentos variados, bem preparados, se comermos essa mesma comida, e principalmente, se insistirmos em oferecer determinado alimento, a criança vai se acostumando a comer e a experimentar de tudo, sem preconceitos.
Associada a essa preocupação com a saúde da pessoa com deficiência, houve um grande avanço na área da Educação Física Adaptada, com a criação de programas de atividades físicas destinados as pessoas com necessidades especiais.
Programas estes, que, além da preocupação com a reabilitação procuram, cada vez mais, garantir uma melhor qualidade de vida, assim como uma maior integração das mesmas no esporte, no meio escolar e na sociedade como um todo.
Assim, garantir ao deficiente uma alimentação correta, rica em nutrientes, diversificada e a possibilidade de praticar exercícios físicos adaptados para sua condição é parte importante do tratamento, promovendo a saúde e evitando o aparecimento de doenças.
Como diz um sábio ditado da medicina chinesa: uma maça ao dia mantém o médico afastado!!
Um abraço
Dra Alessandra

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