E já vamos retomar com um assunto controverso, que desperta paixões e acaloradas discussões, que é a escolarização especial.
Vista por uns como segregação e por outros como uma forma de melhor atender ao deficiente, esse texto tem como objetivo fomentar a discussão e o pensar e passa longe de querer dar respostas prontas para um tema tão vasto.
O
Brasil é considerado um dos piores países do mundo em investimentos na área da
educação. Em relação à educação especial essa realidade não é diferente.
Entretanto, apesar do pouco investimento e do descaso político, a educação
especial foi ganhando seu espaço de forma lenta, por meio da criação de inúmeras
instituições, geralmente filantrópicas e criadas a partir de movimentos da
própria sociedade.
Essas
instituições eram de caráter assistencialista e cumpriam apenas sua função de cuidado
aos deficientes.
Por
educação especial entende-se o atendimento educacional de pessoas com
necessidades especiais, isto é, daqueles que apresentam deficiências mentais,
físicas, sensoriais, múltiplas deficiências e os superdotados. Embora a pessoa
com necessidades especiais deva ser vista primeiramente como PESSOA, ele é
também uma pessoa diferente.
Sendo
assim, o desenvolvimento harmonioso do educando sob o aspecto individual,
individual-social e predominantemente social é o que se pretende atingir no
processo educativo.
A auto-realização, a qualificação para o trabalho, o
exercício consciente da cidadania são decorrências de uma ação educativa eficaz
e eficiente, seja ela dirigida a indivíduos portadores de necessidades
especiais ou não.
As
diferenças entre a Educação Especial e a Educação comum não se encontram nos
aspectos filosóficos, mas sim nas estratégias de ação que lhe são próprias e
múltiplas.
A
Educação Especial é definida como a modalidade de ensino que se caracteriza por
um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais organizados para
apoiar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços comuns, de modo
a garantir a educação formal dos educandos que apresentam necessidades
educacionais muito diferentes das da maioria das crianças e jovens. A defesa da
cidadania e do direito à educação das pessoas com necessidades especiais é
atitude muito recente em nossa sociedade.
Em meados da década de
90, no Brasil, observando movimentos em outras partes do mundo, já mais
avançados, começaram as discussões em torno do novo modelo de atendimento
escolar denominado Inclusão Escolar. Esse novo paradigma surge como uma reação
contrária ao processo de segregação, e sua efetivação prática tem gerado muitas
controvérsias e discussões.
Na próxima semana (assim espero, rsrs) continuaremos tratando deste tema.
Boa semana
Um abraço
Dra Alessandra
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