quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

ESCLARECENDO A AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA


Hoje no blog, a experiência de uma competente colega sobre uma forma de avaliação que tem estado em evidencia nos últimos tempos. Vamos conhecer? 
por  Melanie Mendoza
Psicóloga e neuropsicóloga, 
Mestre em Psicologia Clínica, 
Especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitiva e Comportamental.
Psicóloga Infantil da AACD-Osasco, 
Pesquisadora do Laboratório Distúrbios do Desenvolvimento da USP,
Psicóloga Voluntária do Projeto Remo meu Rumo


Tem crescido muito nos últimos anos a procura por Avaliação Neuropsicológica (AN). Isso tem ocorrido com o impulso dos encaminhamentos de médicos e outros profissionais da área de saúde. Muitos pais de pacientes ainda tem dúvidas sobre a sua aplicação, necessidade e importância.

Algumas perguntas frequentes são:

1) Para que serve?
A AN serve para responder perguntas sobre cognição (memória, atenção, inteligência, etc.) e comportamento que não foram possíveis de serem respondidas pelo médico ou pelo outro profissional que examinou ou atende o paciente. Outra indicação comum vem das escolas que percebem dificuldades além do usual no seu aluno em aprendizado, socialização ou comportamento.

2) Como é feita?
O Neuropsicólogo além das entrevistas com o paciente e a família, faz uma série de testes padronizados e validados (isto é estudados e utilizados no Brasil e em diversas partes do mundo) e atividades  com a criança, visando saber como e quão bem ela resolve problemas de diversas naturezas e como ela se comporta frente a diferentes situações. É dessa forma que o neuropsicólogo consegue responder, por exemplo, que o paciente não está aprendendo bem porque não consegue prestar atenção por muito tempo em alguma coisas que não seja muuuuuito interessante. Na avaliação descobrimos também o que a criança realiza com mais facilidade, por exemplo, atividades construtivas e que podem ajudar no aprendizado e cotidiano da criança.

3) Quem faz?
Normalmente um psicólogo, mas também pode ser, por exemplo,  um fonoaudiólogo ou um terapeuta ocupacional que tenha ampla experiência em AN e/ou especialização em neuropsicologia (pós Graduação Lato Sensu)

4) Por que custa caro?
Embora possam ocorrer exageros, como em todas as categorias profissionais, a AN costuma ter um custo mais alto pois exige do profissional experiência, normalmente adquirida em centro de pesquisa (USP, Unifesp, etc.) em regime de estágio ou especialização de dois anos. Muitos dos melhores profissionais possuem ambas as qualificações. Além disso o material de avaliação costuma ser caro e precisa ser renovado periodicamente. 

Por fim, todas as ciência que tenham interface com as ciências do cérebro –como é o caso da neuropsicologia- tem passado por avanços muito rápidos exigindo do profissional grande investimento em atualização.

Um abraço
Dra Alessandra


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