A Deficiência intelectual (DI) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits em
habilidades mentais gerais, como raciocínio, resolução de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, julgamento, aprendizado acadêmico, e
aprender com experiência. Os déficits resultam em comprometimento funcional,
tanto intelectual quanto adaptativo, nos domínios conceitual, social e prático.
A adaptação ao ambiente é sempre afetada a atualmente parte dos critérios
diagnósticos (DSM - 5, 2013).
As causas podem ser várias, tais como síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, a síndrome de Angelman ou a síndrome do X frágil, problemas ao nascimento como falta de oxigênio, entre outras causas.
Para DI, a pontuação para os níveis de
desenvolvimento intelectual deve ser determinada com base em todas as
informações disponíveis, incluindo os sinais clínicos, o comportamento
adaptativo no meio cultural, os resultados individuais e dos testes
psicométricos. Para tanto esse diagnóstico deve sempre ser realizado pelo médico juntamente com o psicólogo - de preferência um neuropsicólogo. A testagem formal para quantificação dos aspectos cognitivos só pode ser realizada pelo psicólogo.
Sua presença tem enorme efeito social, não afetando apenas as
pessoas que apresentam o diagnóstico, mas também a família e a sociedade como
um todo. Sua prevalência é estimada em 1 a 3% nos países desenvolvidos e obviamente é maior em países mais pobres como o nosso.
Para
o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5º Ed.) o
diagnóstico de Deficiência Intelectual é embasado em três importantes
critérios: Critério A: QI- Quoeficiente de Inteligência abaixo de 70; Critério
B: Limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos
duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida
doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários,
autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança;
Critério C: Ocorrer antes dos 18 anos.
Cercada de muito preconceito - a nomenclatura antiga de Retardo Mental criou um grande estigma para o transtorno, a DI geralmente é vista como uma incapacidade para o futuro daquela criança, mas nós sempre insistimos que uma boa avaliação, um diagnóstico e uma intervenção precoces vão dar a essa criança a chance de desenvolver plenamente suas potencialidades, sendo um adulto adaptado e com o melhor rendimento possível dentro das suas possibilidades.
Um abraço
Dra Alessandra
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