www.vivereclinica.com www.facebook.com/clinicavivere Rodovia Raposo Tavares km22 - The Square Open Mall Bloco F sala 107 Tel: (11) 2898-9851 (11) 9 8876-2992 contato@vivereclinica.com
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
NESTE DIA DO MÉDICO, TEMOS MUITO A COMEMORAR! SERÁ?
Fiquei olhando meio
entristecida para o jornal e me perguntando se realmente temos motivos para
comemorar. Num país onde os planos de saúde pagam em média 20 ou 30 reais uma
consulta de um especialista que levou no mínimo 8 anos para se formar, entre
graduação e especialização, onde o serviço público paga pela hora trabalhada um
valor vergonhoso. Onde as pessoas morrem na fila esperando um exame ou uma
avaliação especializada. Desculpe, mas vou discordar do meu conselho, pois acho
que temos muito pouco a comemorar.
Eu adoro minha profissão.
Gosto mesmo. De verdade. Sem demagogias. Gosto de cuidar das pessoas, dessa
troca linda que é conhecer o outro, sua vida, suas histórias. Divido dores, multiplico
possibilidades, somo conhecimento. Ensino e aprendo na mesma proporção.
Nada me
emociona mais que uma criança epiléptica com suas crises controladas e se
desenvolvendo bem, ou um paciente encefalopata que adquiriu a marcha, não
importa a idade. Um deficiente incluído com sucesso no mercado de trabalho,
independente, produtivo.
Gosto de trabalhar em
equipe. Trocar com outros profissionais. Esses ainda mais mal remunerados que
nós médicos. E comecei falando na questão financeira, mas isso está longe de
ser nosso único problema. Carência de recursos, condições ruins de trabalho,
falta de equipe, falta de recursos simples, como uma pia para lavar as mãos
entre os atendimentos... E por aí vai.
Sei que sou tão realizada
na minha profissão porque fiz escolhas na minha carreira que me afastaram dessa
realidade mais cruel, mas nem por isso esqueço como foram os primeiros anos de
trabalho e como é a vida de vários colegas que se estressam perdendo vidas à
espera de uma vaga em UTI que nunca vem.
Muito se evoluiu na
medicina e muita coisa conquistamos, é verdade, mas essas conquistas ainda
estão longe da esmagadora maioria dos pacientes. E isso entristece qualquer
médico. Saber que poderíamos fazer mais pelo nosso paciente, mas não temos os
recursos necessários é uma dura realidade.
Embora pareça pessimista,
gosto de utilizar essas datas comemorativas para refletir sobre a situação
real. E a realidade tem menos glamour que a comemoração.
Entretanto sou uma grande
otimista. Acho que ainda podemos fazer boas escolhas e lutar pela dignidade de
uma profissão tão linda, embora desgastada. Uma profissão de amor, de
dedicação, de entrega. Não curo muito de meus pacientes, mas tenho certeza que
faço tudo que está ao meu alcance para melhorar a qualidade de vida deles, luto
pela dignidade e pela inserção das minhas crianças nas suas famílias, na
escola, na vida. E cada sorriso, cada vitória é de todos nós e supera toda a
dificuldade que enfrentamos diariamente. Só aumenta a motivação para lutar.
Para mudar essa realidade.
Finalizando, acho que
temos pouco a comemorar neste dia e muito trabalho a fazer. Um trabalho lindo,
mágico, especial. E as felicitações que eu receber amanhã, não serão somente minhas,
mas também de todas as pessoas que confiam a mim a vida do seu filho. Essas
pessoas são parte da minha vida hoje e sempre. Juntos nós fazemos de situações
dolorosas, um caminho de lutas e conquistas.
Feliz dia do médico! E
dos pacientes! Não somente hoje, mas todos os dias.
Um abraço
Dra Alessandra
domingo, 30 de setembro de 2012
E AS FÉRIAS ACABARAM!
Há algum tempo aprendi a tirar férias. Sair, desligar,
descansar. Sair de todos os empregos ao mesmo tempo, desligar o celular, Enfim,
me dar tempo!
Às vezes fico em casa curtindo meu cantinho e minhas
plantinhas, outras, viajo. Desta vez, viajei. Passei 20 dias viajando. Um
momento lindo de descanso e aprendizado. Conheci lugares mágicos, me desliguei
de todas as demandas do meu cotidiano. Realmente um tempo só meu.
E a viagem foi intensa. Descanso mental, mas quase uma aula
de aeróbica... Andei, andei, andei. E aprendi, senti, compreendi.
Conhecer novos lugares, com o olhar atento e o coração aberto
nos transforma, acrescenta. Foi uma viagem sensacional. Fui a Israel, numa
peregrinação pelos caminhos de Cristo na terra Santa e depois Assis e Fátima,
na Itália e Portugal, respectivamente. Lugares lindos, uma beleza para ser
apreciada com os olhos e com o coração.
Mas Israel superou minhas expectativas. Longe de defender qualquer
posição religiosa, entender os caminhos deste grande homem foi revelador.
Independente da forma como o entendemos, desde filho de Deus até um grande
filósofo, ele revolucionou o mundo, a ponto de dividirmos a existência humana,
na maior parte do globo, em antes e depois de sua estada terrena.
Por isso foi intenso. Lugares com dois mil anos de história.
Pedras milenares, construções que sobreviveram a guerras e terremotos, história
viva. Energia pura.
Mas, a grande lição disso tudo é não passar em branco por
essas vivencias. É que todo esse material humano e histórico que vi, vivi e
senti, faça parte da minha vida, me modifique e que eu possa tocar outros
corações com essa experiência.
A grande aprendizagem de qualquer viagem é voltarmos melhores
do que fomos de alguma forma. E para isso, a viagem pode ser para o outro lado
do mundo, ou para o outro lado da cidade. Ou pode nem acontecer. A diferença é
nosso coração estar aberto às boas experiências e aos bons ensinamentos. Assim, as férias acabam, mas continuam eternamente em nossas vidas.
Boa semana! E aproveitem cada oportunidade da vida.
Um abraço.
Dra Alessandra
Obs: foto - vista de Jerusalém
domingo, 26 de agosto de 2012
ENCONTROS E DESPEDIDAS
“O trem que chega é o mesmo trem da partida”. Assim nos fala os versos da linda canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, há pouco tempo regravada na bela voz de Maria Rita. A chegada é alegre, positiva, enquanto a partida, na maior parte das vezes é triste. Mas a música nos lembra que o trem é o mesmo, a vida tem chegadas e também adeus. E embora haja dor na despedida, há também crescimento, aprendizado.
Vocês que me acompanham no blog já sabem que desapego não é meu forte. Crio vínculos, me envolvo e dizer adeus, ou mesmo até breve, é difícil para mim.
Mesmo em situações positivas, como por exemplo, trocar de carro. Sim, eu crio uma relação com meu carro. Gasto dentro dele boa parte do meu dia. Então preciso me despedir, desapegar, deixa-lo ir fazer outras pessoas felizes.
Com meus bichos isso é obviamente muito mais intenso. Tenho uma relação de troca, de amor e de cuidado mútuo com eles. Entendo que bicho não é gente e que a brevidade da vida deles nos faz aprender a deixar ir, desapegar, a amar com a quase certeza que um dia eles vão nos deixar.
O processo racionalmente faz todo sentido, mas não fica fácil. O trem que trouxe aquele filhotinho fofo, gorducho, uma bolinha de pelo, tão fofo que chamamos de Fofão, foi o mesmo trem que levou nosso meninão num momento muito alegre de sua vida.
Serelepe, alegre, corria animado pelo quintal, espalhando alegria e baba por todo canto. Um belo São Bernardo, carinhoso e companheiro. Dividimos boa parte da vida dele e nos últimos anos ele foi morar com meus pais, onde continuou sendo muito amado e bem tratado, levando alegria e companheirismo à eles também.
E como não concordar que uma vida assim foi plena e feliz? Que sua missão foi lindamente cumprida e a saudade é só a certeza de um amor bem vivido? Isso consola. Esses pensamentos reconfortantes nos dão a força de olhar para esse momento com serenidade e só agradecer por esses lindos anos de convivência.
Tchau, amigão! Vá ser feliz naquele lugar encantado onde só os puros de coração descansam.
Um abraço. Boa semana.
Dra Alessandra
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
IMPERDIVEL - Palestra gratuita
A imagem desaparece....
Mas vai em texto.
Segunda, dia 27/08 - PALESTRA TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Dra Evelyn Kukzinsky - psiquiatra da infância e da adolescencia.
EVENTO GRATUITO
LOCAL: Instituto de Psicologia da USP, bloco B sala 26
Organização: Projeto Disturbios do Desenvolvimento - IPUSP
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
O QUE VEM POR AÍ!
Voltando a falar do Congresso, muitas novidades foram expostas no congresso e na feira de reabilitação. O aparato tecnológico de assistência à pessoa com deficiência não para de se aprimorar.
Técnicas de reabilitação robótica como o Lokomat, que permitem o movimento com auxílio e correção das deformidades. Andadores que se transformam em cadeiras de rodas para deambuladores de curtas distâncias, próteses articuladas com movimentação muito próxima do normal. Enfim, muitas possibilidades.
Ainda na área terapêutica, a estimulação magnética transcraniana na reabilitação após acidente vascular cerebral (AVC), para estimulação motora e o aprimoramento de técnicas como a reabilitação em espelho foram novidades e aperfeiçoamentos apresentados no encontro. Terapias intensivas na reabilitação precoce foram salientadas como o melhor plano de recuperação.
Todas essas possibilidades associadas à medidas objetivas dos ganhos funcionais. Cada vez mais propomos avaliações dos ganhos reais da reabilitação e com isso melhoramos cada dia mais o processo de recuperação pós lesional.
Nada substitui uma boa equipe, composta por profissionais de diversas áreas, que vão olhar a pessoa deficiente com um indivíduo completo e pleno, com suas peculiaridades, suas dificuldades e sua pluraridade. Nada substitui esse olhar!
Outro ponto importante, que não posso deixar de salientar, é o quanto toda essa tecnologia é acessível. Quando tudo isso vai chegar à todos? Tenho certeza que vai demorar. Nosso país só é democrático e acessível para quem tem dinheiro e o poder público não usa o dinheiro público pelo bem maior da população. Então como diz o ditado, vamos manter um olho no peixe (nas possibilidades de reabilitação) e outro no gato (no uso racional e democrático do nosso dinheiro). Especialmente esse ano, que é ano eleitoral.
Um abraço
Dra Alessandra
Assinar:
Postagens (Atom)
Ansiedade na infância: por que nossas crianças sofrem com o amanhã?
Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....

-
Eu acho que a infância é, sem dúvidas, a melhor fase da vida. Onde tudo é lúdico e onde a vida ainda é mais diversão do que obrigação....
-
Atendendo à pedidos, escrevo hoje sobre as formas clínicas da PC ou ECNE. A ECNE é classificada de acordo com o distúrbio do movimento em qu...
-
A Neuropediatria (também denominada Neurologia Pediátrica ou Neurologia Infantil) constitui uma sub-especialidade da pediatria dedicada às d...