terça-feira, 3 de abril de 2012

DESCOMPLIQUE



Esse texto é baseado num artigo que li na Revista Vida simples, lá pelos idos de 2008, 2009, mas que acho sempre atual.

Como manter a calma neste turbilhão que é o mundo de hoje? Acho que essa é a pergunta de 1 milhão de dólares...

Informação demais, escolhas demais. O mundo está complicado. E vai continuar. Melhor então aprender a viver nele.

“Segunda-feira. Você chega ao trabalho e é recepcionado por uma pilha de jornais e correspondências sobre a mesa. Com medo de jogar fora algo importante, você empurra tudo para um canto (já abarrotado), depois você vê isso. Liga o computador. Montes de e-mails o aguardam. Você olha alguns e, sem poder decidir se quer responde-los ou deletá-los, deixa-os lá, na caixa postal. Nisso, lá se foi a manhã. Um amigo chama para almoçar. “Aonde vamos?” Depois de rodar por vários restaurantes – o japonês, o italiano e até a churrascaria –, decidem ir a um self-service, que tem mil opções. Empanturrado, depois de comer um pouco de tudo, você se lembra da vontade de iniciar uma rotina de atividade física. E então se entrega, sonolento, a pensar no que fazer para se exercitar. Caminhar faz bem, mas é chato... Nadar? Meio caro. Quem sabe ioga, para ficar mais concentrado... Ou pedalar? Antes que você consiga decidir, é hora de pagar a conta e voltar. No final do dia, vai ao shopping comprar um presente. Olha muitas vitrines, compra uma blusa, mas fica na maior dúvida se fez a opção certa. Ao chegar em casa, se joga no sofá, liga a TV a cabo e fica zanzando pelos canais, sem conseguir se fixar em um. “Preciso de férias”, você pensa. Mas dá preguiça só de pensar em ter que escolher o destino, entre tantos lugares que habitam seus sonhos. Melhor ir dormir. No dia seguinte você acorda, chega ao trabalho e uma pilha de jornais te espera...”

Familiar essa sensação? Pois é, para mim também. E acredite, para quase todo mundo. E isso causa, é claro, ansiedade, stress, são os companheiros da vida moderna. Mas, será que precisamos destas companhias em vida?

Pesquisas afirmam que a quantidade absurda de decisões que temos que tomar diariamente é o principal causador de ansiedade. E o pior: com tanta informação nos assaltando, não conseguimos identificar os assuntos realmente importantes e dedicar mais tempo a eles. ONDE ESTÃO MINHAS PRIORIDADES? Parecem perdidas neste turbilhão.

Porém, a complexidade veio para ficar, vai aumentar e tem muitos pontos positivos.  

O primeiro passo é entender como o mundo se complicou. O pensador francês Gilles Lipovetsky culpa a globalização. Ontem nosso mundo terminava a poucos quarteirões de casa, hoje nossa janela é o mundo todo.

O segundo é perceber que isso pode ser muito legal. Por exemplo: podemos estudar pela internet assuntos do oriente, ver ao vivo pela TV um acontecimento na Europa, comprar artigos que não existem no Brasil em uma loja estrangeira e investir na bolsa de Nova York, tudo isso sem sair de casa. Liberdade de ação e de escolhas.

Mas liberdade traz responsabilidade de escolher e arcar com as consequências destas escolhas. E o mais importante, abrir mão de tudo que deixamos de escolher.

Difícil? Vamos continuar neste assunto na próxima semana.

Tenham uma boa semana, uma ótima Páscoa e sejam felizes.
Dra. Alessandra

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